Ação da Petrobras recua ao menor valor em mais de 10 anos
Papel ordinário da Petrobras terminou cotado a 8,52 reais e o preferencial a 9,18 reais, enquanto o dólar encostou nos R$ 2,70
Pregão eletrônico da Bovespa em São Paulo
Os papéis preferenciais da Petrobras (PN, sem direito a voto) caíram 9,20%, maior queda diária desde 27 de outubro deste ano, para 9,18 reais. Os papéis ordinários (ON, com direito a voto) recuaram 9,94%, a 8,52 reais. No caso do papel preferencial, trata-se da menor cotação desde 20 de julho de 2005, enquanto para as ações ordinárias, o valor é o mais baixo desde 15 de setembro de 2004, segundo dados da Economatica.
O recuo dos papéis da estatal potencializou um movimento global de aversão a risco, particularmente em mercados emergentes. Outra tendência do mercado financeiro nesta segunda-feira foi impulsionada pelos dados da produção industrial dos Estados Unidos, que avançou acima do esperado. Investidores venderam papéis em países emergentes e migraram para ativos nos Estados Unidos, o que ajudou a elevar a cotação do dólar mundialmente.
Durante o pregão desta segunda, as ações da Petrobras chegaram a recuar mais de 10%, o que ativou o mecanismo automático de leilão na bolsa de valores, previsto no regulamento. Com isso, ainda que as ofertas e vendas se mantivessem ativas, os preços foram paralisados por 5 minutos, segundo informações da BM&FBovespa. Os papéis foram a segunda e terceira maiores quedas do índice, atrás de Rossi, que despencou 14,17%.
A queda ocorre após a estatal adiar pela segunda vez a divulgação do balanço do terceiro trimestre, na última sexta-feira, devido a desdobramentos da Operação Lava Jato. A companhia deve divulgar os resultados até o dia 31 de janeiro de 2015.
No exterior, a trajetória da queda dos preços do petróleo também pressionou os negócios. Na Bolsa de Nova York, as cotações da commodity atingiram o menor nível desde maio de 2009, depois de declarações consideradas pouco animadoras de dirigentes da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep). O preço do petróleo bruto terminou a 55,91 dólares.
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Câmbio - O dólar terminou em alta pela quarta sessão seguida e renovou as máximas registradas em quase dez anos. No exterior, a crise do petróleo e a expectativa com a reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA), na quarta-feira, impulsionam a divisa norte-americana para 2,6853 reais (1,29%), maior cotação desde 29 de março de 2005 (2,698 reais). Na máxima desta sessão, o dólar foi a 2,7019 reais, alta de 1,91%.
Também influenciaram os negócios incertezas em relação ao futuro do programa de intervenções no câmbio do Banco Central (BC) brasileiro.
(Com agência Reuters)
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