EUA fracassaram em tentativa de resgate de refém no Iêmen
Informação foi revelada pelo Conselho de Segurança Nacional após célula da Al Qaeda divulgar um vídeo ameaçando matar o jornalista Luke Somers
Vídeo divulgado pela Al Qaeda que mostra o fotógrafo Luke Somers
“Assim que o governo americano conseguiu informações confiáveis de inteligência e um plano operacional, o presidente autorizou o Departamento de Defesa a conduzir uma operação para recuperar o senhor Somers”, disse a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Bernadette Meehan. “Lamentavelmente, Somers não estava presente, embora outros reféns de outras nacionalidades estivessem no local. Eles foram resgatados”.
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Segundo o Pentágono, a operação foi realizada em conjunto com militares do Iêmen e envolveu força aérea e em solo. “Os detalhes sobre a missão continuam secretos”, afirmou o contra almirante John Kirby.
A ofensiva em uma caverna no remoto distrito de Hajr as-Say’ar, na província de Hadramout, leste do país, os militares resgataram seis iemenitas, um saudita e um etíope. Sete terroristas também teriam sido mortos, segundo informação de autoridades do Iêmen.
A informação foi divulgada depois de Somers, um jornalista de 33 anos que foi sequestrado na capital Sana em setembro de 2013, aparecer em um vídeo divulgado pelo braço da Al Qaeda na Península Arábica. Nas imagens, os extremistas exigem de Washington o cumprimento imediato de suas condições, mas não oferecem mais detalhes.
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O homem identificado como Somers diz que está em busca de “qualquer ajuda que possa tirá-lo dessa situação”. Ele afirma ter nascido na Grã-Bretanha e ter cidadania americana.
O governo americano já havia admitido neste ano que fracassou ao tentar resgatar o jornalista James Foley, o primeiro refém estrangeiro a ser decapitado pelos radicais do Estado Islâmico (EI) em vídeos divulgados na internet. O presidente americano havia ordenado uma operação que resultou na morte de alguns terroristas, mas falhou ao levar os militares para um local diferente daquele onde Foley era mantido.
Autoridades dizem que os sequestros de estrangeiros são frequentes no Iêmen e ajudam a Al Qaeda a arrecadar milhões de dólares com o pagamento para o resgate de reféns.
(Com agência Reuters)
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