Pular para o conteúdo principal

Parentes de vítimas de massacre processam fabricante de armas

Ação argumenta que fuzil AR-15 usado por atirador em Newtown não deveria ser vendido para civis por se tratar de uma arma de guerra

Imagens das vítimas do tiroteio na escola Sandy Hook em Newtown, Connecticut
Imagens das vítimas do tiroteio na escola Sandy Hook em Newtown, Connecticut (Reuters/)
Dois anos após o massacre em uma escola de educação infantil em Newtown, Connecticut, nove famílias de vítimas e um sobrevivente anunciaram que vão processar a fabricante da arma usada pelo jovem Adam Lanza para matar vinte crianças e seis funcionários na escola Sandy Hook.
Os parentes querem que a empresa Bushmaster e sua controladora, a Remington Outdoor Co., respondam por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). A principal linha de argumentação é que a arma usada pelo atirador, um fuzil Bushmaster modelo XM15-E2S, popularmente conhecido como AR-15, não deveria ser vendida ao público em geral por se tratar de uma arma de guerra. O fuzil foi comprado legalmente pela mãe de Lanza, Nancy.
Além da fabricante, o grupo também está processando a distribuidora Camfour e a Riverview Gun Sales, a loja que vendeu o fuzil. "Existe uma gama enorme de evidências que demonstram a falta de habilidade de civis para controlar esse tipo de arma. (...) Quantos massacres devem ocorrer para que isso seja aceito?", disse Joshua Koskoff, o advogado que representa as famílias e o sobrevivente.
Leia também:
Obama respeita um minuto de silêncio no aniversário do massacre de Newtown
Investigação falha em desvendar motivos do massacre em Newtown
Chamadas de emergência do massacre em Newtown são divulgadas

De acordo com o Wall Street Journal, uma lei federal de 2005 tornou praticamente impossível responsabilizar fabricantes de armas, mas as famílias buscam uma brecha alegando que houve negligência na entrega de um objeto para uma pessoa. Essa linha costuma ser usada em processos envolvendo acidentes de trânsito, quando, por exemplo, uma pessoa empresta um veículo a alguém que não está apto a dirigi-lo.
As empresas citadas ainda não comentaram o caso. Em 2013, o chefe-executivo da Remington escreveu um artigo em que afirmou que apenas Lanza – e não a arma – deveria ser apontado como o culpado pelo massacre. "É muito fácil culpar um objeto inanimado. Qualquer instrumento que cair nas mãos erradas pode ser usado para o mal", afirmou o executivo.  
Apesar de o processo também pedir uma indenização pelas mortes, as famílias ressaltam que a motivação principal é tirar os fuzis AR-15 do mercado. "Não importa o que aconteça, pelo menos tentamos", disse Victoria Soto, irmã de Julia, uma das funcionárias mortas no massacre.
Desde o ataque, familiares de algumas das vítimas se tornaram saíram em defesa de leis que controlem a venda de armas, tanto no Congresso americano como nos Estados.
O ataque ocorreu no dia 14 de dezembro de 2012. Na ocasião, o jovem Lanza, de 20 anos de idade, matou em sua casa a própria mãe, depois foi até a escola e abriu fogo contra alunos - que tinham entre seis e sete anos de idade - e funcionários.  Quando a polícia foi acionada, Lanza se suicidou

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
uspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco Há indícios de que alvos comandem Escritório do Crime, braço armado da organização, especializado em assassinatos por encomenda Chico Otavio, Vera Araújo; Arthur Leal; Gustavo Goulart; Rafael Soares e Pedro Zuazo 22/01/2019 - 07:25 / Atualizado em 22/01/2019 - 09:15 O major da PM Ronald Paulo Alves Pereira (de boné e camisa branca) é preso em sua casa Foto: Gabriel Paiva / Agência O Globo Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura. Play! Ouça este conteúdo 0:00 Audima Abrir menu de opções do player Audima. PUBLICIDADE RIO — O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (M
Nos 50 anos do seu programa, Silvio Santos perde a vergonha e as calças Publicidade DO RIO Para alguém conhecido, no início da carreira, como "o peru que fala", graças à vermelhidão causada pela timidez diante do auditório, Silvio Santos passou por uma notável transformação nos 50 anos à frente do programa que leva seu nome. Hoje, está totalmente sem vergonha. Mestre do 'stand-up', Silvio Santos ri de si mesmo atrás de ibope Só nos últimos meses, perdeu as calças no ar (e deixou a cena ser exibida), constrangeu convidados com comentários irônicos e maldosos e vem falando palavrões e piadas sexuais em seu programa. Está, como se diz na gíria, "soltinho" aos 81 anos. O baú do Silvio Ver em tamanho maior » Anterior Próxima Elias - 13.jun.65/Acervo UH/Folhapress Anterior Próxima Aniversário do "Programa Silvio Santos", no ginásio do Pacaembu, em São Paulo, em junho de 1965; na época, o programa ia ao ar p