Petrobras adia novamente divulgação do balanço do 3º tri
Estatal atribuiu decisão aos efeitos da Operação Lava Jato. Mesmo assim, informou uma alta de 35% no endividamento líquido no acumulado do ano
Endividamento líquido da Petrobras entre janeiro e setembro soma R$ 261 mi, alta de 35% sobre 2013
Entre os fatores que levaram ao adiamento do balanço não auditado é o recebimento pela Petrobras, em 21 de novembro, de uma intimação da Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA) requerendo documentos relativos a uma investigação sobre a companhia e o ajuizamento pelo Ministério Público Federal (MPF), no dia 11 de dezembro, de ações criminais contra diversas pessoas, dentre as quais o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Leia mais:
Gerente da Petrobras alertou Graça sobre desvios — e foi afastada
Da 'aula de crime' à cadeia: como funcionava o 'clube do bilhão'
Empreiteiras da Lava Jato também podem ficar na mira da Justiça americana
Apesar de não ter anunciado números contábeis, como o lucro líquido, a empresa anunciou alguns dados do terceiro trimestre que considera que não foram afetadas pelos potenciais ajustes da Lava Jato. Entre os números, está um endividamento líquido 261 milhões de reais no acumulado do ano até setembro — alta de 35% sobre os 192 milhões de reais registrados no mesmo período de 2013.
Em relação à receita, o resultado foi de 88 milhões de reais no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 7% sobre os 82 milhões de reais reportados no segundo trimestre. Entre janeiro e setembro, as vendas somaram 252 milhões de reais, avanço de 13% sobre os 223 milhões de reais verificados no mesmo período de 2013.
Nesta sexta-feira, reportagem do jornal Valor Econômico revelou que a gerente Venina Velosa da Fonseca alertou diretores da gestão de José Sérgio Gabrielli e Graça Foster sobre irregularidades em contratos firmados pela estatal com prestadoras de serviço
Comentários
Postar um comentário