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Pressão dos EUA não vai libertar opositor, diz Maduro

Presidente diz que Venezuela é 'país livre' e que Leopoldo López não será solto ainda que o governo americano pressione o país com sanções

Leopoldo López, opositor do governo venezuelano, fotografado na prisão de Ramo Verde
Leopoldo López, opositor do governo venezuelano, fotografado na prisão de Ramo Verde (Cortesia Runrun.
O presidente Nicolás Maduro disse que o opositor Leopolo López não será libertado ainda que os Estados Unidos pressionem a Venezuela com sanções. “Os Estados Unidos acreditam que sancionando a Venezuela vamos soltar o assassino. Aqui não tem jeito, imperialistas dos Estados Unidos, aqui não tem jeito de vocês nos pressionarem porque a Venezuela é um país livre”.
Leopoldo López, uma das vozes da oposição venezuelana, foi encarcerado pelo governo em fevereiro deste ano, em meio à onda de protestos contra Maduro. Desde então, o dirigente do partido Vontade Popular é mantido em um cárcere militar, e responde a uma série de acusações, incluindo incitação à violência.
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A fala de Maduro, durante um ato do governo em Caracas, nesta quinta, relacionou a prisão de López à aprovação no Congresso americano de sanções contra funcionários do governo por violações aos direitos humanos e repressão a manifestantes no país.
O presidente Obama deverá assinar a lei, segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest: “nós não ficamos e não vamos ficar em silêncio diante das ações do governo venezuelano que violam direitos humanos e liberdades fundamentais e desviam o país das normas democráticas bem estabelecidas”.
As sanções previstas no texto aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos são o congelamento de ativos e a não emissão de vistos americanos a integrantes do governo vinculados à dura repressão às manifestações deste ano, que resultou em mortes, prisões arbitrárias e tortura de presos.
O caso de López foi especificamente citado por Obama durante um evento da Iniciativa Global Clinton, em setembro. O democrata fez um apelo pela libertação do opositor: “Desde a Rússia até a China e a Venezuela, vê-se uma repressão implacável, a dissidência legítima é pintada como algo subversivo”, disse o presidente americano na ocasião. “Solidarizamo-nos com os que estão detidos neste momento. Na Venezuela, Leopoldo López, no Burundi, Pierre-Claver Mbonimpa, no Egito, Ahmed Maher, na China, Liu Xiabo e agora Ilham Tohti, no Vietnã, o padre Ly, e tantos outros”, enumerou Obama.
A ONU também já exigiu da Venezuela a libertação de López, sendo ignorada pelo governo de Nicolás Maduro. Para o venezuelano, o importante é o apoio dos aliados regionais, como ele deixou claro ao ler um comunicado da Aliança Bolivariana para os Povos da América, uma associação de amigos criada por seu antecessor, o coronel Hugo Chávez. “Os países da Alba reiteram firmemente sua rejeição a qualquer agressão, seja de tipo legal, econômica ou política contra a República Bolivariana da Venezuela que constitui uma violação do direito internacional, assim como contra qualquer dos países-membros da Alba”.
(Com agência EFE)

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