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Putin manifesta apoio a Kim Jong-un e ataca comédia

Também aliada da Coreia do Norte, a China pediu calma em queda de braço entre norte-coreanos e americanos

Cena do filme A Entrevista que mostra a "morte" de Kim-Jong-un
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A Rússia de Vladimir Putin manifestou apoio à Coreia do Norte no imbróglio envolvendo a comédia A Entrevista. A chancelaria russa classificou de “agressiva” e “escandalosa” a produção hollywoodiana, baseada em um plano para assassinar o ditador Kim Jong-un. "A ideia do filme é tão agressiva e escandalosa que a reação norte-coreana é totalmente compreensível", declarou o porta-voz Alexander Lukachevich.
Pyongyang reclamou muito nos últimos meses sobre o enredo da comédia, chegando a enviar uma carta de protesto para as Nações Unidas. No final de novembro, o estúdio Sony sofreu um ciberataque e hackers ameaçaram cinemas que exibiriam o filme. O governo americano culpou a Coreia do Norte pelo ataque.
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As declarações também miraram um inimigo russo, o governo americano. O porta-voz afirmou que Moscou está "preocupado com uma nova escalada de tensões entre os Estados Unidos e a Coreia Norte". "As ameaças americanas de vingança e os pedidos a outros países para condenar a Coreia do Norte nos parecem contraproducentes e perigosos e não fazem mais que elevar as tensões", condenou Lukachevich.
Demonstrando seu apoio a Pyongyang e aproveitando para espezinhar os Estados Unidos – que impuseram sanções como punição pela interferência na Ucrânia – Putin já havia convidado Kim Jong-un na semana passada para visitar a Rússia em maio do ano que vem.
Mais comedida, a China, outra aliada da Coreia do Norte, pediu calma aos EUA e ao regime de Kim. "Este filme é controvertido. Esperamos que todas as partes envolvidas se controlem, mantenham a calma e tratem este importante assunto de forma adequada", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
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"Já vimos que este filme causou vários problemas. A China espera que todas as partes envolvidas procedam de forma objetiva neste assunto, o revisem com seriedade e se comuniquem para resolvê-lo o mais rápido possível", acrescentou a porta-voz.
A China é um dos países onde "A entrevista" está sendo visto e baixado, já que uma versão em inglês com legendas em mandarim está disponível para download em alguns sites. Hua indicou que o governo chinês "tomará medidas" contra essa divulgação ilegal.
Nos Estados Unidos, A Entrevista está em cartaz desde quinta-feira em cerca de 300 cinemas independentes e também foi disponibilizado em plataformas digitais como Google Play, YouTube Movies e Xbox Vídeo. A estreia chegou a ser cancelada, mas o estúdio Sony voltou atrás e manteve o lançamento no dia de Natal em algumas salas de cinema. As grandes redes americanas não exibiram a comédia.
(Com agências EFE e France-Presse)

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