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Governo quer que Petrobras pague dívidas trabalhistas de fornecedores

Fornecedoras da estatal demitiram funcionários em meio às dificuldades financeiras e à insegurança jurídicas provocadas pela Operação Lava Jato

Petrobras deverá adiantar direitos aos funcionários e depois descontá-los do montante a ser pago para fornecedoras
Petrobras deverá adiantar direitos aos funcionários e depois descontá-los do montante a ser pago para fornecedoras
O governo Dilma Rousseff (PT) costura um acordo com a Petrobras e o Ministério Público Federal (MPF) para fazer a estatal arcar com o dinheiro devido por fornecedoras da companhia que fizeram demissões recentes por causa das dificuldades de caixa e a insegurança jurídica após a operação Lava Jato. A proposta em estudo é de que a Petrobras pague os direitos devidos pelas empresas fornecedoras aos trabalhadores como uma espécie de adiantamento e depois desconte esse montante dos valores que tenha de pagar às empresas. O universo de terceirizados da Petrobras é de cerca de 300 mil trabalhadores, segundo os sindicatos.
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, convocou uma reunião para a próxima segunda-feira à tarde no Palácio do Planalto com a participação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, e os representantes das seis maiores centrais sindicais do país. O convite foi enviado na quarta-feira. Na segunda-feira, Dilma deu sinal verde para a discussão sobre um acordo após encontro com sindicalistas.
Dilma e Mercadante foram cobrados pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres, sobre o caso dos mais de 10 mil demitidos em Pernambuco por empresas fornecedoras da Petrobras e que estão sem receber as verbas previstas na legislação trabalhista.
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As empresas alegam que a estatal, que sofre dificuldades de caixa, atrasou pagamentos e, por isso, é a responsável. Quando os demais líderes sindicais reforçaram o coro, citando casos semelhantes em outros Estados, como Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro, Mercadante afirmou que não cabia ao governo e à Petrobras simplesmente decidir pagar e que era preciso costurar um acordo envolvendo o MPF.
(Com Estadão Conteúdo)

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