Polícia de Cleveland faz uso excessivo da força, diz relatório
Uma investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos concluiu que a polícia de Cleveland, no Estado de Ohio, tem como padrão o uso excessivo da força, tanto no emprego de armas como no uso de técnicas não letais. A conclusão foi anunciada uma semana depois da divulgação de um vídeo de câmeras de segurança mostrando a ação policial que levou à morte de um garoto de 12 anos que apontava uma arma de brinquedo. O agente que disparou contra o menino o fez segundos depois de deixar a viatura.
O anúncio foi feito pelo secretário de Justiça e procurador-geral, Eric Holder, que tem dedicado grande parte de seu tempo a discutir problemas relacionados ao uso excessivo da força pela polícia. Na noite de quarta, depois que um júri de Nova York decidiu não indiciar um policial pela morte de um homem desarmado, ele anunciou a abertura de uma investigação federal sobre direitos civis relacionada ao caso novaiorquino.
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“Os agentes de Cleveland não recebem treinamento adequado, orientação, apoio e supervisão”, afirma o relatório, que verificou um padrão de negligência e uso inadequado da força. A polícia local concordou em receber ajuda de um monitor para tentar melhorar o treinamento e as práticas locais. O texto apenas recomenda reformas na estrutura local, sem acarretar em acusações criminais.
O documento é resultado de quase dois anos de trabalho, período no qual foram analisados quase 600 incidentes com o uso de força pela polícia, entre 2010 e 2013. Para Holder, o padrão inadequado de atuação é resultado de deficiências sistêmicas, incluindo falta de transparência, treinamento e equipamentos inadequados, política ineficiente e um engajamento insatisfatório com a comunidade.
Esta não é a primeira vez que uma apuração federal aponta problemas na cidade. Há uma década, um acordo similar também previa medidas para corrigir problemas com as práticas locais.
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De acordo com o Departamento de Justiça, os problemas em Cleveland incluem uso excessivo de força em tiroteios e tiros na cabeça; uso excessivo ou como forma de retaliação de tasers e spray químico; uso de força excessiva contra pessoas com problemas mentais ou em crise e recurso a práticas perigosas que colocam os agentes em situações nas quais o uso da força, que poderia ser evitado, torna-se inevitável.
“Responsabilização e legitimidade são essenciais para que as comunidades confiem em sua polícia e para que haja uma colaboração genuína entre a polícia e os cidadãos aos quais serve”, declarou o procurador-geral, que foi a Cleveland falar sobre os resultados da apuração, e encontrar-se com moradores, líderes políticos e agentes de segurança.
(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)
Conclusão do Departamento de Justiça é anunciada depois de menino com arma de brinquedo ser morto
Eric Holder, procurador-geral dos EUA ( / AFP/)
O anúncio foi feito pelo secretário de Justiça e procurador-geral, Eric Holder, que tem dedicado grande parte de seu tempo a discutir problemas relacionados ao uso excessivo da força pela polícia. Na noite de quarta, depois que um júri de Nova York decidiu não indiciar um policial pela morte de um homem desarmado, ele anunciou a abertura de uma investigação federal sobre direitos civis relacionada ao caso novaiorquino.
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O documento é resultado de quase dois anos de trabalho, período no qual foram analisados quase 600 incidentes com o uso de força pela polícia, entre 2010 e 2013. Para Holder, o padrão inadequado de atuação é resultado de deficiências sistêmicas, incluindo falta de transparência, treinamento e equipamentos inadequados, política ineficiente e um engajamento insatisfatório com a comunidade.
Esta não é a primeira vez que uma apuração federal aponta problemas na cidade. Há uma década, um acordo similar também previa medidas para corrigir problemas com as práticas locais.
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De acordo com o Departamento de Justiça, os problemas em Cleveland incluem uso excessivo de força em tiroteios e tiros na cabeça; uso excessivo ou como forma de retaliação de tasers e spray químico; uso de força excessiva contra pessoas com problemas mentais ou em crise e recurso a práticas perigosas que colocam os agentes em situações nas quais o uso da força, que poderia ser evitado, torna-se inevitável.
“Responsabilização e legitimidade são essenciais para que as comunidades confiem em sua polícia e para que haja uma colaboração genuína entre a polícia e os cidadãos aos quais serve”, declarou o procurador-geral, que foi a Cleveland falar sobre os resultados da apuração, e encontrar-se com moradores, líderes políticos e agentes de segurança.
(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)
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