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Presidente turco manda UE 'cuidar de seus assuntos'

Recep Tayyip Erdogan reage a críticas sobre prisões de jornalistas da oposição e afirma que 'não liga para o que a União Europeia possa dizer'

O presidente da Turquia, Recep Erdogan
O presidente da Turquia, Recep Erdogan (Reuters)
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reagiu nesta segunda-feira às críticas da União Europeia (UE) sobre as prisões de jornalistas da oposição, afirmando que o bloco "deve cuidar de seus assuntos e guardar suas opiniões para si próprio". O ex-premiê também fez pouco caso da possibilidade de entrada do seu país na UE.
"A União Europeia não pode interferir (...) dentro do Estado de Direito contra elementos que ameaçam nossa segurança nacional", afirmou a uma rede de televisão. "Eles deveriam cuidar de seus assuntos. Ao tomarmos essa medida nós não ligamos para o que a UE possa dizer, ou se eles vão nos aceitar."
A polícia turca lançou no domingo uma operação contra partidários do clérigo Fetullah Gülen, adversário de Erdogan, numa iniciativa que também teve como alvos escritórios do jornal opositor Zaman, um dos maiores da Turquia.
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A UE condenou as operações, que considerou em conflito com os "valores europeus". Os Estados Unidos pediram à Turquia que respeite a liberdade de imprensa, a independência da Justiça e seus fundamentos democráticos.
A operação policial ocorreu dois dias depois de o líder turco ter anunciado uma nova ação contra "as forças do mal" lideradas por Gülen – atualmente exilado nos Estados Unidos. Erdogan acusa seu adversário de estar por trás das denúncias de corrupção que atingiram colaboradores próximos do presidente no ano passado.
A polícia antiterrorista agiu em 13 cidades da Turquia, entre elas Istambul, prendendo ao todo 24 pessoas, incluindo jornalistas. Entre os detidos está Ekrem Dumanli, editor-chefe do Zaman.
Em frente ao prédio onde funciona a redação do jornal, nos arredores de Istambul, um grupo se reuniu do lado de fora e fez com que a polícia deixasse o local sem prender nenhum funcionário. Também foram presos diretores de uma rede de televisão ligada a Gülen, incluindo um diretor, produtores e jornalistas.
(Com agência France-Presse)

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