Polícia invade cafeteria em Sydney; sequestrador e dois reféns morrem
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Uma brasileira estava entre os reféns, segundo seus familiares. Trata-se de Marcia Mikhael, natural de Goiás, que vive na Austrália há 30 anos. Durante o cerco, ela chegou a escrever apelos por ajuda em redes sociais e a relatar as exigências do sequestrador. Segundo postagens de duas sobrinhas no Facebook, ela foi libertada com vida na operação policial e passa bem.
17 horas de tensão – O cerco foi encerrado após quase dezessete horas de tensão. O sequestrador, identificado como Man Haron Monis, um cidadão iraniano que morava na Austrália, invadiu o local por volta das 9h45 (20h45 da noite de domingo, no horário de Brasília). O café fica em Martin Place, no coração financeiro e comercial da cidade, onde estão instalados o banco central do país, as sedes de grandes bancos privados e o gabinete do primeiro-ministro Tony Abbott.
Segundo a imprensa australiana, depois de nove horas de silêncio dentro do estabelecimento comercial, pouco depois das 2 horas da manhã, o estrondo de uma porta alertou as equipes de que os reféns estavam se preparando para sair. Um homem deixou o local com as mãos para o alto. Em seguida, mais cinco pessoas correram para fora. Um segundo estrondo foi ouvido, e a sétima pessoa correu em direção aos policiais.
Ouviu-se então o estampido de uma arma de fogo, e as equipes de resgate invadiram o café. Vários tiros foram ouvidos em seguida, além de bombas de efeito moral. Em meio à confusão, vários reféns foram retirados da cafeteria. Ao menos sete pessoas foram levadas em macas. Três feridos estariam em estado grave, segundo a CNN.
Sequestrador – O responsável pela invasão nasceu no Irã com o nome de Manteghi Bourjerdi, mudou-se para a Austrália em 1996 e adotou o nome de Man Haron Monis, segundo a rede britânica BBC. Monis se apresenta como clérigo muçulmano, mas ainda não está claro se ele é realmente uma autoridade religiosa. Ele estava em liberdade sob fiança, acusado de ser cúmplice do assassinato de sua ex-mulher.
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