EUA expressam preocupação com medidas de presidente do Egito
O governo afirmou que o decreto emitido por Morsi apenas busca acelerar a transição, que enfrenta obstáculos legais
WASHINGTON - Os Estados Unidos estão preocupados com a recente decisão do
presidente do Egito, Mohamed Morsi, de ampliar os próprios poderes, disse nesta
sexta-feira, 23, o Departamento de Estado norte-americano.
Morsi emitiu na quinta-feira um decreto que coloca as suas decisões acima do alcance da lei até que um novo Parlamento seja eleito, o que provocou protestos violentos no centro do Cairo, capital do país, e em outras cidades egípcias nesta sexta-feira. O governo afirmou que o decreto apenas busca acelerar a transição, que tem enfrentado obstáculos legais, mas opositores qualificaram o presidente como um "faraó" que quer impor sua visão islâmica sobre o Egito.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, se reuniu na quarta-feira com Morsi para agradecê-lo pelos esforços de mediação da trégua no conflito entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza. "As decisões e declarações anunciadas em 22 de novembro provocam preocupação para muitos egípcios e para a comunidade internacional", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em comunicado.
"O atual vazio constitucional no Egito apenas pode ser resolvido com a adoção de uma Constituição que inclua contrapesos e equilíbrios e que respeite as liberdades fundamentais, direitos individuais e um Estado de direito consistente com os compromissos internacionais do Egito", acrescentou.
A polícia egípcia disparou gás lacrimogêneo perto da praça Tahrir, no Cairo, coração dos protestos que derrubaram o ex-presidente Hosni Mubarak em 2011. Milhares de pessoas se reuniram para exigir a renúncia de Morsi, a quem eles acusaram de promover um "golpe". Também houve violentos protestos em Alexandria, Port Said e Suez.
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Hillary Clinton esteve com presidente do
Egito nesta semana
Morsi emitiu na quinta-feira um decreto que coloca as suas decisões acima do alcance da lei até que um novo Parlamento seja eleito, o que provocou protestos violentos no centro do Cairo, capital do país, e em outras cidades egípcias nesta sexta-feira. O governo afirmou que o decreto apenas busca acelerar a transição, que tem enfrentado obstáculos legais, mas opositores qualificaram o presidente como um "faraó" que quer impor sua visão islâmica sobre o Egito.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, se reuniu na quarta-feira com Morsi para agradecê-lo pelos esforços de mediação da trégua no conflito entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza. "As decisões e declarações anunciadas em 22 de novembro provocam preocupação para muitos egípcios e para a comunidade internacional", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em comunicado.
"O atual vazio constitucional no Egito apenas pode ser resolvido com a adoção de uma Constituição que inclua contrapesos e equilíbrios e que respeite as liberdades fundamentais, direitos individuais e um Estado de direito consistente com os compromissos internacionais do Egito", acrescentou.
A polícia egípcia disparou gás lacrimogêneo perto da praça Tahrir, no Cairo, coração dos protestos que derrubaram o ex-presidente Hosni Mubarak em 2011. Milhares de pessoas se reuniram para exigir a renúncia de Morsi, a quem eles acusaram de promover um "golpe". Também houve violentos protestos em Alexandria, Port Said e Suez.
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