EUA excluem BP de novos contratos por desastre no Golfo
Empresa reconheceu responsabilidade por derramamento de petróleo em 2010
Explosão que causou
derramamento de petróleo no Golfo do México, em 2010
Os Estados Unidos suspenderam temporariamente a
empresa petrolífera British Petroleum (BP), responsável pelo desastre
no Golfo do México em 2010, de realizar contratos com o governo,
informou a Agência de Proteção Ambiental americana (EPA, na sigla em inglês). No
último dia 15, a empresa foi
multada em 4,5 bilhões de dólares, um valor recorde nos EUA.
Segundo a EPA, a suspensão é uma resposta à "falta integridade nos negócios" da empresa, que se declarou culpada de catorze acusações relacionadas ao acidente. “A suspensão da BP vai prevenir temporariamente que a companhia e suas afiliadas façam acordos com o governo até que a BP possa dar provas suficientes à EPA de que ela cumpre os padrões federais de suas atividades”, afirmou a agência.
“As suspensões são uma prática padrão quando a responsabilidade é questionada em um caso criminal”, completou. Na prática, a BP ficará fora do leilão de novos campos de exploração de petróleo na parte do Golfo do México que é controlada pelos Estados Unidos.
A suspensão, no entanto, não afetará acordos já em vigor entre a empresa e o governo. Mesmo assim, a medida poderá impactar ganhos futuros da BP. Os Estados Unidos correspondem a mais de 20% da produção global diária da petrolífera.
Justiça - Em 15 de novembro, a BP assinou um acordo extrajudicial com as autoridades americanas no qual admitiu sua negligência em 14 acusações, incluindo obstrução da investigação do Congresso e violação das normais ambientais.
Dois executivos da empresa foram indiciados por homicídio culposo (sem a intenção de matar) e um ex-diretor foi declarado culpado por mentir ao Congresso sobre a quantidade de barris derramados no Golfo do México. O acidente deixou 11 mortos e um vazamento de cerca de 4,6 milhões de barris, afetando o litoral de cinco estados americanos.
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