Dilma vai extinguir em SP chefia de gabinete
Após operação da PF, presidente decide mudar estrutura de escritório na capital
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff decidiu mudar a estrutura do
escritório da Presidência em São Paulo e acabar com o cargo de chefe do gabinete
do órgão. Com isso, ficará extinto o posto que até então era ocupado por
Rosemary Nóvoa de Noronha e toda a coordenação do escritório paulista passará a
ser feita em Brasília. A decisão foi tomada por Dilma e comunicada durante a
reunião de coordenação comandada por ela na manhã de segunda-feira, 26, no
Palácio do Planalto.
A presidente quer eliminar qualquer vestígio de influência da ex-assessora
presidencial no escritório. Sindicâncias foram abertas em todos os órgãos
envolvidos para apurar responsabilidades e, no caso do gabinete da Presidência,
a presidente quer saber se há mais pessoas que agiam junto com Rose, como é
conhecida Rosemary.
Ele, como todos os demais funcionários da Infraero em São Paulo, foi cedido à nova concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos - que passou a administrá-lo em 14 de novembro - e estarão, até o dia 14 de fevereiro, em fase de avaliação pela empresa.
Ex-presidente. Lula, que estava em viagem à Índia quando estourou o escândalo, já está de volta a São Paulo e nesta segunda despachava no instituto que leva seu nome na zona sul da capital paulista. Segundo sua assessoria, ele não iria se pronunciar sobre o caso.
D. Marisa, esposa de Lula, não se dá com Rose e sequer ia ao escritório da Presidência na Avenida Paulista quando o marido despachava lá, para não encontrá-la. Em muitas ocasiões, Rose costumava acompanhar o então presidente em viagens oficiais. Mas havia sempre o cuidado de sua assessoria para que as duas não integrassem a mesma comitiva.
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Rose foi exonerada nesta segunda e sua
filha demitida de cargo que ocupava na Anac
Dilma quer dar o caso por encerrado, para poder
voltar a tratar das questões de governo. Na reunião de coordenação, a avaliação
é de que com
a decisão tomada no sábado, 24, de demitir todos os indiciados, os
estragos e respingos no governo foram contidos.
A presidente mandou ainda passar um "pente-fino" nos
pareceres elaborados pelos suspeitos investigados para verificar quem e o que
eles afetavam. O Planalto tenta ainda se manter afastado dos pormenores do caso
e demonstrar que não tem preocupação com as ameaças de Rose, que está
inconformada com a forma como perdeu o poder. Ela
já mandou recados avisando que "não vai cair sozinha".
Comemoração. Em vários setores do
Planalto, o clima era de comemoração com a derrocada de Rose, principalmente
pela forma como a apadrinhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agia.
"Ela agia como se fosse a dona do escritório e não media esforços para dar
demonstração do poder que tinha", comentou uma fonte palaciana. De temperamento
forte, Rose ainda está muito nervosa e cada vez mais irritada, com a situação
que está vivendo desde a última sexta-feira, 23, quando
foi deflagrada a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Demissão. A situação piorou nesta segunda, com a notícia da
demissão de sua filha, Mirelle, nomeada por interferência dela para um cargo na
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Por enquanto, apenas o seu ex-marido,
José Cláudio Noronha, que desde 2005 foi contemplado com um cargo de assessor
especial da Superintendência da Infraero em São Paulo, não será afastado. Ele, como todos os demais funcionários da Infraero em São Paulo, foi cedido à nova concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos - que passou a administrá-lo em 14 de novembro - e estarão, até o dia 14 de fevereiro, em fase de avaliação pela empresa.
Ex-presidente. Lula, que estava em viagem à Índia quando estourou o escândalo, já está de volta a São Paulo e nesta segunda despachava no instituto que leva seu nome na zona sul da capital paulista. Segundo sua assessoria, ele não iria se pronunciar sobre o caso.
D. Marisa, esposa de Lula, não se dá com Rose e sequer ia ao escritório da Presidência na Avenida Paulista quando o marido despachava lá, para não encontrá-la. Em muitas ocasiões, Rose costumava acompanhar o então presidente em viagens oficiais. Mas havia sempre o cuidado de sua assessoria para que as duas não integrassem a mesma comitiva.
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