Governo não vai deixar a Eletrobrás 'perecer'
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, indica que o governo pode socorrer a Eletrobrás, cujas ações caíram mais de 60% este ano
A Eletrobrás amargou ontem mais um dia de forte desvalorização de suas ações
na Bolsa de Valores de São Paulo, mas o governo deixou claro que poderá tomar
medidas para evitar que a estatal perca força e fique sem condições de atuar no
setor elétrico. "A gente nunca vai deixar a Eletrobrás perecer", afirmou o
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
Desde que o governo revelou as condições que serão exigidas das empresas do setor elétrico interessadas em renovar antecipadamente as concessões que vencem entre 2015 e 2017, os papéis da Eletrobrás tombaram.
Ontem não foi diferente. As ações que dão direto a voto (ON) perderam 8,74% de seu valor, e encerraram o dia valendo R$ 6,16. O papel liderou as quedas do Ibovespa, principal índice da bolsa paulista. As ações que garantem preferência no recebimento de dividendos (PNB) - tradicionalmente o tipo de ação mais comprada pelos investidores no Brasil - fecharam a sessão valendo 6,89% menos, cotadas a R$ 7,30. No ano, esses papéis acumulam quedas de 62,40% e 70,40%, respectivamente.
Acionistas. O conselho de administração da estatal decidiu na semana passada recomendar aos acionistas que aceitem a proposta do governo para renovar as concessões de geração e transmissão da companhia.
A aceitação da Eletrobrás é fundamental para o governo conseguir reduzir a conta de luz, a partir do início do próximo ano, em 20%. O grupo estatal detém 67,26% das usinas com concessões vencendo no período. Uma posição favorável da empresa, que é controlada pela União, garantirá boa parte da redução desejada pela presidente Dilma Rousseff.
Diante da forte desvalorização das ações da estatal, coube ao presidente da EPE - uma empresa ligada ao Ministério de Minas e Energia - reafirmar a disposição do governo de ajudar a empresa. "Não passa pela nossa cabeça não ter a Eletrobrás com condições de atuar no setor elétrico", afirmou Tolmasquim, que estava em Brasília para uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.
Nova realidade. Tolmasquim evitou antecipar eventuais medidas que a direção da Eletrobrás terá de tomar para se adaptar a uma nova realidade após a renovação das concessões de geração e transmissão. "Não vale a pena antecipar nada. Mas a Eletrobrás terá de ter ações para se adaptar aos custos", disse.
"A Eletrobrás é necessária e o governo não vai deixar ela perecer. Consideramos ela uma empresa importante. Sem dúvida alguma, o governo conta com a Eletrobrás", completou.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, indicou que a estatal pode ser compensada pelas perdas de receita - estimadas em R$ 9 bilhões por ano ao longo das próximas três décadas que a empresa terá ao aceitar as regras para a renovação das concessões.
Desde que o governo revelou as condições que serão exigidas das empresas do setor elétrico interessadas em renovar antecipadamente as concessões que vencem entre 2015 e 2017, os papéis da Eletrobrás tombaram.
Ontem não foi diferente. As ações que dão direto a voto (ON) perderam 8,74% de seu valor, e encerraram o dia valendo R$ 6,16. O papel liderou as quedas do Ibovespa, principal índice da bolsa paulista. As ações que garantem preferência no recebimento de dividendos (PNB) - tradicionalmente o tipo de ação mais comprada pelos investidores no Brasil - fecharam a sessão valendo 6,89% menos, cotadas a R$ 7,30. No ano, esses papéis acumulam quedas de 62,40% e 70,40%, respectivamente.
Acionistas. O conselho de administração da estatal decidiu na semana passada recomendar aos acionistas que aceitem a proposta do governo para renovar as concessões de geração e transmissão da companhia.
A aceitação da Eletrobrás é fundamental para o governo conseguir reduzir a conta de luz, a partir do início do próximo ano, em 20%. O grupo estatal detém 67,26% das usinas com concessões vencendo no período. Uma posição favorável da empresa, que é controlada pela União, garantirá boa parte da redução desejada pela presidente Dilma Rousseff.
Diante da forte desvalorização das ações da estatal, coube ao presidente da EPE - uma empresa ligada ao Ministério de Minas e Energia - reafirmar a disposição do governo de ajudar a empresa. "Não passa pela nossa cabeça não ter a Eletrobrás com condições de atuar no setor elétrico", afirmou Tolmasquim, que estava em Brasília para uma reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.
Nova realidade. Tolmasquim evitou antecipar eventuais medidas que a direção da Eletrobrás terá de tomar para se adaptar a uma nova realidade após a renovação das concessões de geração e transmissão. "Não vale a pena antecipar nada. Mas a Eletrobrás terá de ter ações para se adaptar aos custos", disse.
"A Eletrobrás é necessária e o governo não vai deixar ela perecer. Consideramos ela uma empresa importante. Sem dúvida alguma, o governo conta com a Eletrobrás", completou.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, indicou que a estatal pode ser compensada pelas perdas de receita - estimadas em R$ 9 bilhões por ano ao longo das próximas três décadas que a empresa terá ao aceitar as regras para a renovação das concessões.
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