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Europa opera pressionada por receios sobre plano para Grécia e abismo fiscal



LONDRES – Um clima de aversão ao risco predomina no início da sessão na Europa, em consequência das dúvidas sobre o plano de ajuda à Grécia anunciado esta semana e das preocupações com a falta de progresso nas negociações sobre o Orçamento no Congresso dos EUA. Nesse contexto, as bolsas e o euro operam em queda.
Comentários feitos ontem pelo líder da maioria no Senado dos EUA, Harry Reid, afetaram negativamente os mercados. Em entrevista à imprensa, Reid afirmou que até agora houve pouco progresso na resolução da questão do abismo fiscal – uma série de aumentos de impostos e cortes de gastos que serão automaticamente implementados em janeiro caso o Congresso não chegue a um acordo sobre como reduzir o déficit orçamentário ao longo da próxima década.
Na Europa a principal preocupação continua sendo a Grécia. Após o anúncio dos credores oficiais da Grécia de que chegaram a um acordo sobre como reduzir a dívida do país, foram levantadas algumas dúvidas sobre os planos. Uma delas é se o desembolso de mais uma parcela de ajuda financeira para o governo grego será realmente feito, já que ainda precisa ser aprovado.
Na agenda desta quarta-feira, os investidores ficarão atentos aos leilões de dívida da Itália e da Alemanha, que serão realizados pouco depois das 8h (de Brasília), e ao Livro Bege do Federal Reserve, que será divulgado às 17h (de Brasília).
Às 7h15 (de Brasília), Londres caía 0,31%, Frankfurt recuava 0,19% e Madri tinha queda de 1,07%, enquanto o euro cedia para US$ 1,2922, de US$ 1,2942 no fim da tarde de ontem, e o dólar operava a 81,75 ienes, de 82,15 ienes ontem.
Espanha
O regulador do mercado financeiro espanhol informou nesta quarta-feira que suspendeu os negócios com as ações do Bankia SA, uma medida tomada no dia em que o banco estatizado deverá apresentar seu plano estratégico. A regulador não deu um motivo para a suspensão. As ações do Bankia, que na terça-feira fecharam cotadas a 1,06 euro, são as com pior desempenho neste ano na Bolsa de Madri, mas deram um salto nos últimos dias em meio a uma forte volatilidade.
O Bankia foi derrubado por empréstimos mal avaliados para construtoras espanholas, que não puderam pagar ao banco após o estouro da bolha imobiliária e a crise de crédito a partir de 2009. O Bankia foi estatizado no começo deste ano pelo governo espanhol, que indicou um novo dirigente. Espera-se que o Bankia receba cerca de metade dos € 40 bilhões de auxílio da União Europeia (UE) para o setor bancário espanhol.

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