ONU vota nesta quinta-feira mudança de status da Palestina
Pleito palestino é passar de 'entidade' para 'Estado observador' nas Nações Unidas
NAÇÕES UNIDAS - A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)
votará nesta quinta-feira a candidatura palestina ao status de "Estado
observador" na entidade. A expectativa é de que o pleito palestino seja aprovado
com folga, mas a promoção deve ter caráter simbólico.
Para Hanan Ashrawi, porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Ramallah, a candidatura a um novo status perante a ONU é um esforço de última hora para recuperar os esforços de paz no Oriente Médio.
Ashrawi conclamou os Estados Unidos a retirarem sua objeção à mudança de status, o que não deve se concretizar. Segundo ela, a oposição norte-americana ao pleito palestino é "patética" e contrária aos próprios interesses dos EUA no Oriente Médio. Ela rechaçou ainda a acusação israelense de que os palestinos estariam tentando contornar um eventual processo de paz.
Já nos EUA, onde acompanhará a votação na sede da ONU em Nova York, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, reuniu-se com o subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, e o com o enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, David Hill, para discutir o assunto.
Atualmente, a Palestina é considerada uma "entidade" observadora na ONU, com direito a voz, mas não a voto. Para obter a promoção de "entidade" a "Estado" observador, os palestinos precisam da maioria dos votos dos 193 membros da Assembleia-Geral da ONU, na qual nenhum país tem direito a veto.
Como 131 países já reconheceram o Estado palestino e 107 votaram a favor da inclusão da Palestina como membro pleno da Unesco, em dezembro do ano passado, a expectativa dos palestinos é de que o novo status seja aprovado com cerca de dois terços dos 193 votos possíveis.
A mudança de status deve ter caráter meramente simbólico, mas tem potencial de alavancar os palestinos em futuras negociações de fronteira com Israel e de abrir caminho para possíveis acusações de crimes de guerra contra o Estado judeu.
Entre os países que se opõem à iniciativa estão os EUA, Israel, Alemanha e Canadá. Em contrapartida, entre 140 e 150 países devem votar a favor do pedido de Abbas, entre eles Brasil, França, Rússia, China, Índia e África do Sul.
Países europeus
Hoje, Espanha, Noruega, Dinamarca e Suíça anunciaram que também votarão a favor do reconhecimento da Palestina como Estado observador.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, afirmou que o país não seguirá o mesmo caminho de outras nações europeias e votará contra o pedido palestino. "Nós queremos votar o mais próximo possível dos nossos parceiros europeus. No entanto, também é certo que a Alemanha não aceitará essa resolução", disse Seibert.
O ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel Garcia Margallo, declarou ao Parlamento nacional que a Espanha apoiará o pedido palestino na ONU porque sente que é a melhor maneira para avançar em direção a paz.
Em nota, o Conselho Federal da Suíça afirmou que a decisão de votar a favor da causa palestina é coerente com a política do país de buscar "uma paz negociada e durável entre Israel e o Estado independente e viável da Palestina, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente."
A Noruega é outro país a reforçar o apoio à Palestina. O ministro de Relações Exteriores norueguês disse à emissora pública NRK que a decisão está fundamentada na necessidade de dar "um novo impulso" às negociações entre Israel e palestinos e para reforçar a posição do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que acompanhará a assembleia da ONU.
Na terça-feira, a França se tornou a primeira grande potência europeia a se manifestar a favor do reconhecimento da Palestina na ONU.
Veja
também:
Palestinos obtêm mais apoio europeu para votação na ONU
Hamas apoia pedido de Abbas na ONU em demonstração de união palestina
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ONU vota pedido da Autoridade Palestina
nesta quinta-feira
Para Hanan Ashrawi, porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) em Ramallah, a candidatura a um novo status perante a ONU é um esforço de última hora para recuperar os esforços de paz no Oriente Médio.
Ashrawi conclamou os Estados Unidos a retirarem sua objeção à mudança de status, o que não deve se concretizar. Segundo ela, a oposição norte-americana ao pleito palestino é "patética" e contrária aos próprios interesses dos EUA no Oriente Médio. Ela rechaçou ainda a acusação israelense de que os palestinos estariam tentando contornar um eventual processo de paz.
Já nos EUA, onde acompanhará a votação na sede da ONU em Nova York, o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, reuniu-se com o subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, e o com o enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, David Hill, para discutir o assunto.
Atualmente, a Palestina é considerada uma "entidade" observadora na ONU, com direito a voz, mas não a voto. Para obter a promoção de "entidade" a "Estado" observador, os palestinos precisam da maioria dos votos dos 193 membros da Assembleia-Geral da ONU, na qual nenhum país tem direito a veto.
Como 131 países já reconheceram o Estado palestino e 107 votaram a favor da inclusão da Palestina como membro pleno da Unesco, em dezembro do ano passado, a expectativa dos palestinos é de que o novo status seja aprovado com cerca de dois terços dos 193 votos possíveis.
A mudança de status deve ter caráter meramente simbólico, mas tem potencial de alavancar os palestinos em futuras negociações de fronteira com Israel e de abrir caminho para possíveis acusações de crimes de guerra contra o Estado judeu.
Entre os países que se opõem à iniciativa estão os EUA, Israel, Alemanha e Canadá. Em contrapartida, entre 140 e 150 países devem votar a favor do pedido de Abbas, entre eles Brasil, França, Rússia, China, Índia e África do Sul.
Países europeus
Hoje, Espanha, Noruega, Dinamarca e Suíça anunciaram que também votarão a favor do reconhecimento da Palestina como Estado observador.
O porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, afirmou que o país não seguirá o mesmo caminho de outras nações europeias e votará contra o pedido palestino. "Nós queremos votar o mais próximo possível dos nossos parceiros europeus. No entanto, também é certo que a Alemanha não aceitará essa resolução", disse Seibert.
O ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel Garcia Margallo, declarou ao Parlamento nacional que a Espanha apoiará o pedido palestino na ONU porque sente que é a melhor maneira para avançar em direção a paz.
Em nota, o Conselho Federal da Suíça afirmou que a decisão de votar a favor da causa palestina é coerente com a política do país de buscar "uma paz negociada e durável entre Israel e o Estado independente e viável da Palestina, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente."
A Noruega é outro país a reforçar o apoio à Palestina. O ministro de Relações Exteriores norueguês disse à emissora pública NRK que a decisão está fundamentada na necessidade de dar "um novo impulso" às negociações entre Israel e palestinos e para reforçar a posição do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que acompanhará a assembleia da ONU.
Na terça-feira, a França se tornou a primeira grande potência europeia a se manifestar a favor do reconhecimento da Palestina na ONU.
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