Hamas apoia pedido de Abbas na ONU em demonstração de união palestina
Autoridade Palestina vai pedir status de Estado observador na Assembleia-Geral das Nações Unidas em novembro
GAZA - O grupo islâmico Hamas disse nesta segunda-feira, 26, que apoia a
tentativa do presidente palestino, Mahmoud Abbas, de ganhar mais poder para os
palestinos na Organização das Nações Unidas, no mais recente sinal de uma
reaproximação entre os rivais políticos.
Os palestinos estão registrados como uma entidade observadora na ONU e Abbas quer vê-los ganharem status de "Estado observador" em uma votação da Assembleia-Geral da ONU em 29 de novembro, dando-lhe acesso a outras organizações internacionais.
A decisão do Hamas foi inesperada. O grupo não reconhece o direito de Israel de existir e rejeitou as tentativas anteriores de Abbas de promover a causa palestina no palco diplomático. Abbas comanda a Cisjordânia ocupada. O Hamas governa a Faixa de Gaza e acaba de travar um conflito de oito dias com Israel.
Depois de mais de cinco anos de profundas divisões, as duas principais forças políticas nos territórios palestinos têm mostrado sinais, na última semana, de que estariam prontas para retomar as negociações sobre unidade - impulsionadas pelo ataque israelense a Gaza.
Israel afirma que lançou a ofensiva para interromper o lançamento de foguetes a partir do enclave costeiro para suas cidades do sul. Abbas denunciou o ataque israelense e enviou um oficial sênior para Gaza, em uma demonstração de solidariedade com a região.
Assim que os combates cessaram, as facções rivais anunciaram que iriam libertar os seus respectivos prisioneiros políticos.
LINHA-DURA
O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que o grupo apoiava qualquer ganho político que Abbas poderia alcançar nas Nações Unidas "sem causar nenhum dano aos direitos nacionais palestinos". O chefe político do Hamas, Khaled Meshaal, que vive no exílio, contou a Abbas por telefone sobre sua mudança de opinião, informou o Hamas em um comunicado.
Negociações diretas de paz entre Israel e Abbas fracassaram em 2010 sobre a questão da construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental - território que os palestinos querem para seu futuro Estado.
O Hamas pode ter dificuldades para explicar a nova posição a alguns de seus partidários linha-dura. No sábado, o líder sênior do Hamas, Mahmoud al-Zahar, havia pedido a Abbas para não ir a Nova York. A iniciativa de Abbas na ONU "representa uma concessão oficial da terra de 1948", disse Zahar aos jornalistas, referindo-se ao ano em que Israel proclamou sua independência após o fim do domínio britânico na região.
Enquanto líderes do Hamas aceitam a noção de um Estado palestino ao longo das linhas estabelecidas antes da guerra do Oriente Médio de 1967, eles dizem que isto deve ser apenas uma solução transitória antes da eventual criação de uma nação com base nos limites de 1948. Abbas disse que apoia uma solução de dois Estados com base em fronteiras de 1967.
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A decisão do Hamas foi inesperada. O grupo não reconhece o direito de Israel de existir e rejeitou as tentativas anteriores de Abbas de promover a causa palestina no palco diplomático. Abbas comanda a Cisjordânia ocupada. O Hamas governa a Faixa de Gaza e acaba de travar um conflito de oito dias com Israel.
Depois de mais de cinco anos de profundas divisões, as duas principais forças políticas nos territórios palestinos têm mostrado sinais, na última semana, de que estariam prontas para retomar as negociações sobre unidade - impulsionadas pelo ataque israelense a Gaza.
Israel afirma que lançou a ofensiva para interromper o lançamento de foguetes a partir do enclave costeiro para suas cidades do sul. Abbas denunciou o ataque israelense e enviou um oficial sênior para Gaza, em uma demonstração de solidariedade com a região.
Assim que os combates cessaram, as facções rivais anunciaram que iriam libertar os seus respectivos prisioneiros políticos.
LINHA-DURA
O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que o grupo apoiava qualquer ganho político que Abbas poderia alcançar nas Nações Unidas "sem causar nenhum dano aos direitos nacionais palestinos". O chefe político do Hamas, Khaled Meshaal, que vive no exílio, contou a Abbas por telefone sobre sua mudança de opinião, informou o Hamas em um comunicado.
Negociações diretas de paz entre Israel e Abbas fracassaram em 2010 sobre a questão da construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental - território que os palestinos querem para seu futuro Estado.
O Hamas pode ter dificuldades para explicar a nova posição a alguns de seus partidários linha-dura. No sábado, o líder sênior do Hamas, Mahmoud al-Zahar, havia pedido a Abbas para não ir a Nova York. A iniciativa de Abbas na ONU "representa uma concessão oficial da terra de 1948", disse Zahar aos jornalistas, referindo-se ao ano em que Israel proclamou sua independência após o fim do domínio britânico na região.
Enquanto líderes do Hamas aceitam a noção de um Estado palestino ao longo das linhas estabelecidas antes da guerra do Oriente Médio de 1967, eles dizem que isto deve ser apenas uma solução transitória antes da eventual criação de uma nação com base nos limites de 1948. Abbas disse que apoia uma solução de dois Estados com base em fronteiras de 1967.
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