Irã encoraja Hamas a continuar ataques, diz Israel
Presidente Shimon Peres acusou o regime dos aiatolás de tentar enviar mísseis ao grupo terrorista que governa Gaza ao invés de negociar um cessar-fogo Dahlah/AFPb Salem/Reuters
Em Israel, soldado evacua
local atingido por um foguete lançado por militantes palestinos da
O presidente de Israel, Shimon Peres, disse nesta
segunda-feira que o Irã encoraja os militantes do grupo terrorista Hamas a
continuar com os ataques de foguetes a Israel ao invés de negociar um
cessar-fogo, afirmando que "eles estão fora de si". Ao mesmo tempo, Peres
elogiou o presidente do Egito, Mohamed Mursi, pelo papel construtivo que
desempenhou com a intensificação da crise e por se engajar em negociações por
uma trégua na recente escalada de violência do conflito na Faixa de Gaza, que
completa sete dias nesta terça-feira, com pelo menos 105 palestinos e três
israelenses mortos.
"Desagradáveis são os iranianos. Eles estão tentando encorajar novamente o Hamas a continuar o tiroteio, o bombardeio, estão tentando enviar armas para eles," disse Shimon Peres em entrevista à rede americana CNN. Peres declarou que Israel não teve escolha a não ser travar sua ofensiva contra o Hamas em Gaza, a despeito do aumento das mortes de civis palestinos. Segundo ele, mais de 1.200 mísseis foram lançados do território em direção a Israel nos últimos seis dias – o governo israelense reagiu com cerca de 1.600 foguetes, segundo autoridades palestinas.
Saiba mais: Em cinco dias, mais de mil foguetes foram disparados contra
Israel
Peres, no entanto, disse que "em um minuto, se eles (o Hamas) pararem de atirar, não haverá mortes". Ainda sobre a república islâmica, o chefe de estado israelense afirmou: "Não vamos entrar em guerra com o Irã, mas estamos tentando evitar o carregamento de mísseis de longo alcance que o Irã está enviando ao Hamas."
Peres, no entanto, disse que "em um minuto, se eles (o Hamas) pararem de atirar, não haverá mortes". Ainda sobre a república islâmica, o chefe de estado israelense afirmou: "Não vamos entrar em guerra com o Irã, mas estamos tentando evitar o carregamento de mísseis de longo alcance que o Irã está enviando ao Hamas."
O presidente israelense, Shimon Peres, em
entrevista à CNN
"O Irã é um problema, um problema mundial, não apenas como um perigo nuclear, mas também como um centro de terror mundial. Eles financiam, treinam, enviam armas, incitam, nenhuma responsabilidade, nenhuma consideração moral", prosseguiu. Questionado se uma invasão a Gaza era inevitável, Peres disse que ele tem esperança que haverá um cessar-fogo. "As negociações continuam. É difícil para todas as partes, mas (as conversas) não terminaram e a melhor opção para todos nós é parar de atirar".
ONU – Depois de passar pelo Egito
nesta segunda, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que pediu um cessar-fogo imediato, anunciou que visitará Israel e a
Cisjordânia nesta terça-feira justamente para prosseguir com as tentativas de
chegar a uma trégua. Ele se reunirá em Jerusalém com o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, e em Ramala com o presidente da Autoridade
Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Os esforços diplomáticos do Egito para negociar
uma trégua entre Israel e os palestinos estão próximos de resultar em um acordo, disse nesta
segunda-feira o premiê egípcio, Hisham Kandil. Ele admitiu, porém, que a
natureza desse tipo de negociação "é muito difícil de prever". O Egito,
tradicionalmente, é mediador entre israelenses e palestinos, mas o atual
governo, do presidente Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, tem
ideologia mais próxima à do Hamas.
Uma autoridade ligada ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta segunda que Israel prefere uma solução diplomática, embora não descarte a hipótese de uma invasão terrestre na Faixa de Gaza. "Preferimos uma solução diplomática que garanta a paz para a população do sul de Israel. Se isso for possível, não será mais necessária uma operação por terra", disse a fonte, pedindo anonimato. "Mas, se a diplomacia fracassar, nós poderemos não ter alternativa a não ser enviar forças terrestres."
Leia também: Movimentação de Israel assemelha-se a operação de 2008
Exigências – De acordo com o Canal 2 da TV israelense, o governo de Netanyahu acompanha muito de perto os últimos esforços de mediação do Cairo e é partidário de uma "trégua de longa duração" com as facções armadas palestinas, condicionada a algumas garantias. Uma exigência é o fim dos ataques com foguetes lançados de Gaza, por parte de qualquer grupo armado, incluindo contra as tropas israelenses que patrulham a fronteira. Israel também reivindica o direito de perseguir terroristas em caso de ataque ou se obtiver informação de um atentado iminente, e que a passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e Egito, permaneça aberta, enquanto as vias a Israel continuem fechadas.
Caso contrário, os israelenses advertem que seu Exército está preparado para expandir a operação "Pilar de Defesa". Seis dias após o início da operação, 84% dos israelenses a apoiam, e 12% são contra a ofensiva, de acordo com uma pesquisa divulgada no domingo. No caso de um eventual acordo, o grupo terrorista Hamas exige o fim dos bombardeios israelenses e o abandono da política de assassinatos seletivos sob garantias da comunidade internacional, assim como o fim do bloqueio imposto à Faixa de Gaza, entre outros requisitos.
Uma autoridade ligada ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta segunda que Israel prefere uma solução diplomática, embora não descarte a hipótese de uma invasão terrestre na Faixa de Gaza. "Preferimos uma solução diplomática que garanta a paz para a população do sul de Israel. Se isso for possível, não será mais necessária uma operação por terra", disse a fonte, pedindo anonimato. "Mas, se a diplomacia fracassar, nós poderemos não ter alternativa a não ser enviar forças terrestres."
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Exigências – De acordo com o Canal 2 da TV israelense, o governo de Netanyahu acompanha muito de perto os últimos esforços de mediação do Cairo e é partidário de uma "trégua de longa duração" com as facções armadas palestinas, condicionada a algumas garantias. Uma exigência é o fim dos ataques com foguetes lançados de Gaza, por parte de qualquer grupo armado, incluindo contra as tropas israelenses que patrulham a fronteira. Israel também reivindica o direito de perseguir terroristas em caso de ataque ou se obtiver informação de um atentado iminente, e que a passagem fronteiriça de Rafah, entre Gaza e Egito, permaneça aberta, enquanto as vias a Israel continuem fechadas.
Caso contrário, os israelenses advertem que seu Exército está preparado para expandir a operação "Pilar de Defesa". Seis dias após o início da operação, 84% dos israelenses a apoiam, e 12% são contra a ofensiva, de acordo com uma pesquisa divulgada no domingo. No caso de um eventual acordo, o grupo terrorista Hamas exige o fim dos bombardeios israelenses e o abandono da política de assassinatos seletivos sob garantias da comunidade internacional, assim como o fim do bloqueio imposto à Faixa de Gaza, entre outros requisitos.
O líder máximo do Hamas, Khaled Meshal – que vivia
exilado na Síria e recentemente se mudou para o Catar – esteve nesta segunda no
Cairo e afirmou a repórteres que Israel deve ser o primeiro a suspender suas
operações militares, iniciadas seman passada com o assassinato do chefe militar
do grupo terrorista, Ahmed Jabari. Israel afirmou que Jabari foi morto por
causa de suas atividades terroristas ao longo de uma década.
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