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Brasileiro nasce com esperança de vida de 74 anos e 29 dias, diz IBGE

Expectativa de vida foi, em 2011, 3,65 anos superior em relação a 2000.
Mortalidade na infância fecha 2010 atingindo meta da ONU, diz Censo.

numeros divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (29) mostram que, em 2011, a esperança de vida ao nascer no Brasil era de 74 anos e 29 dias - um aumento de 3 meses e 22 dias em relação a 2010, quando a expectativa de vida do brasileiro era de 73 anos e 277 dias.

Em relação a 2000, o indicador fechou 2011 com um aumento de cerca de 3,65 anos – são 3 anos, 7 meses e 24 dias a mais do que a expectativa naquele ano (70 anos e 182 dias).
Ao longo dos últimos 11 anos, houve um crescimento anual médio de 3 meses e 29 dias.

Conforme os dados do IBGE, divulgados na Tábua de Mortalidade da população do Brasil para 2011, o aumento, na última década, foi maior para os homens do que para as mulheres. Enquanto os homens tiveram aumento na esperança de vida de 3,8 anos, a das mulheres ficou em 3,4 anos no período.

Conforme a tábua, o acréscimo na esperança da vida dos homens é de 5 meses e 23 dias a mais do que para a população feminina.

Ano Esperança de vida ao nascer (anos) Taxa de mortalidade infantil (%)
1980 62,5 69,1
1991 66,9 45,1
2000 70,4 30,1
2010 73,8 16,7
2011 74,1 16,1
Fonte: IBGE
Mesmo assim a expectativa de vida das mulheres é superior a dos homens. Em 2011, um recém-nascido homem tinha como expectativa de vida 70,6 anos. A esperança de vida de uma mulher, naquele ano, era de 77,7 anos, diz o IBGE.

A Tábua da Mortalidade incorpora os dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade. A partir das informações do Censo, foram feitas também revisões na série histórica.

Taxa de mortalidade infantil
Em 2011, a taxa de mortalidade infantil (de crianças com até um ano) ficou em 16,1 mortes para cada mil nascidos vivos - queda de 76,7% desde 1980. Já a taxa de mortalidade na infância (até 5 anos), foi de 18,7 por mil nascimentos - redução de 49% em relação a 2000, cujo valor foi de 36,6 por mil.

Desta vez, o Censo de 2010 conseguiu cruzar informações sobre a ocorrência de óbitos com variáveis associadas às características dos domicílios. Uma das análises possíveis foi sobre esgotamento sanitário.

Nos domicílios com rede geral de esgoto, a taxa de mortalidade infantil foi de 14,6 óbitos para cada mil nascidos vivos e a taxa de mortalidade na infância, de 16,8 óbitos para cada mil nascidos vivos - ambas abaixo das médias nacionais, diz o IBGE.

Já nos domicílios com esgotamento por vala, essas taxas subiram para 21 por mil nascimentos (mortalidade infantil) e 24,8 por mil nascimentos (mortalidade na infância).

A taxa de mortalidade na infância para o Brasil em 2010, revisada com dados do Censo, foi estimada em 19,4, alcançando, conforme o IBGE, a meta estipulada para o quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), da ONU, para 2015 (19,9 por mil).

O que são as Tábuas
As Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil são divulgadas todo o ano pelo IBGE até 1º de dezembro e são usadas pelo Ministério da Previdência para calcular aposentadorias.
Os dados também permitem calcular a vida média para cada idade.

Em 2010, diz o IBGE, um homem de 40 anos teria, em média, mais 35,1 anos de vida, e uma mulher da mesma idade, mais 40,1 anos.
Já em 2011, um homem de 40 anos teria mais 35,3 anos, enquanto a mulher da mesma idade teria mais 40,2 anos. Aos 60 anos, um homem teria, em 2010, mais 19,3 anos, e a mulher, mais 22,6 anos; em 2011, a esperança média de vida do homem de 60 anos seria de mais 19,5 anos e a da mulher, mais 22,8 anos.

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