Petrobras sofre para vender ativos nos EUA
A dificuldade para vender os ativos é sentida especialmente no Golfo do México, EUA
Fachada do edifício da
Petrobras no Rio de Janeiro. O dinheiro é fundamental para financiar os
investimentos no pré-sal, cada vez mais prioritários para a empresa.
A Petrobras está com dificuldades para negociar a venda de ativos no exterior. Potenciais compradores sabem que a companhia tem pressa em fazer caixa e aproveitam para barganhar preços, segundo fontes da estatal. O plano de negócios de 2012 a 2016 prevê vendas de ativos no valor de 14,8 bilhões de dólares, a maior parte em 2012. Mas, a pouco mais de dois meses do fim do ano, a estatal ainda não conseguiu levantar os recursos.
A dificuldade para vender os ativos, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, é sentida no Golfo do México, nos Estados Unidos, onde a Petrobras negocia com empresas de petróleo de vários países uma complexa parceria para seus 175 blocos de exploração de petróleo. Também podem ser negociadas refinarias no Japão e nos EUA e ativos na Argentina.
No caso da refinaria de Pasadena (Texas), pesa contra a venda o fato de a Petrobras poder amargar prejuízo bilionário com o negócio. Em junho, a estatal comprou o resto das ações que faltava para obter o capital total da refinaria e encerrou as disputas judiciais com a antiga sócia Transcor/Astra.
O acerto permite que a petroleira revenda a refinaria. O problema é o valor a ser negociado. A estatal pagou 1,18 bilhão de dólares pela refinaria, mas ela é avaliada em cerca de um décimo deste valor. Apenas no acerto de junho, a Petrobras desembolsou 820,5 milhões de dólares.
O dinheiro é fundamental para financiar os investimentos no pré-sal, cada vez mais prioritários para a empresa, em detrimento dos projetos no exterior. O reforço de caixa é ainda mais importante porque a companhia está perdendo bilhões com a importação de combustíveis e com a queda de produção na Bacia de Campos.
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