Exército anuncia trégua em cidade do Líbano após 10 pessoas morrerem
Conflitos entre sunitas e alauítas, leais a partes conflitantes na guerra civil da Síria, ocorreram em Trípoli e Beirute
TRÍPOLI - O Exército libanês anunciou nesta terça-feira, 23, um cessar-fogo
na cidade de Trípoli (norte), após duas noites de combates entre pistoleiros
sunitas e alauítas, leais a partes conflitantes na guerra civil da vizinha
síria. Pelo menos dez pessoas foram mortas e 65 ficaram feridas em Trípoli,
apesar da forte presença de soldados, tanques e blindados.
Em Beirute, a capital do país, a vida estava se normalizando após a mobilização militar de segunda-feira, que desmantelou barricadas e retirou das ruas os pistoleiros que travaram tiroteios na noite de domingo. A violência no Líbano se acentuou depois do atentado de sexta-feira que matou um diretor nacional de segurança, Wissam al Hassan, no centro de Beirute. Hassan vinha se empenhando em conter a influência síria no Líbano.
O atentado com um carro-bomba e os confrontos armados subsequentes levaram a guerra civil síria para o coração do Líbano, e desencadearam uma crise política, já que a oposição exige a demissão do primeiro-ministro Najib Mikati, formado principalmente por ministros pró-Damasco.
Os combates em Trípoli ocorreram entre os bairros vizinhos de Bab al Tabbaneh, habitado por sunitas, e de Jebel Mohsen, um reduto alauíta. Moradores disseram que os combatentes trocaram disparos de metralhadoras e bazucas desde o anoitecer da véspera, e que franco-atiradores estiveram ativos durante todo o dia.
Uma fonte militar disse à Reuters que, após negociações com o Exército nesta terça-feira, os dois lados concordaram em suspender as hostilidades. No entanto, ao anoitecer, moradores disseram ter ouvido disparos ocasionais.
Em nota, o Exército disse que prendeu cem pessoas desde domingo, incluindo 34 sírios e 4 palestinos, numa operação destinada a retirar armas das ruas. A nota informou também que militares ocuparam imóveis de Beirute e Trípoli onde atiradores se escondiam e guardavam seus arsenais. Quinze membros das forças de segurança foram baleados.
Nesta manhã, soldados amparados por tanques e veículos blindados estavam estacionados nas ruas de Trípoli, que já registrou confrontos anteriores desde o início da guerra civil síria, há 19 meses. A rebelião na Síria é promovida principalmente por pessoas da maioria muçulmana sunita, que luta para derrubar o regime de Bashar Assad, ligado à seita alauíta, uma variação do islamismo xiita.
No Líbano, o grupo xiita Hezbollah, aliado de Assad, participa do gabinete de Mikati, junto com outros xiitas e alauítas libaneses.
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Soldados patrulham Trípoli nesta
terça-feira
Em Beirute, a capital do país, a vida estava se normalizando após a mobilização militar de segunda-feira, que desmantelou barricadas e retirou das ruas os pistoleiros que travaram tiroteios na noite de domingo. A violência no Líbano se acentuou depois do atentado de sexta-feira que matou um diretor nacional de segurança, Wissam al Hassan, no centro de Beirute. Hassan vinha se empenhando em conter a influência síria no Líbano.
O atentado com um carro-bomba e os confrontos armados subsequentes levaram a guerra civil síria para o coração do Líbano, e desencadearam uma crise política, já que a oposição exige a demissão do primeiro-ministro Najib Mikati, formado principalmente por ministros pró-Damasco.
Os combates em Trípoli ocorreram entre os bairros vizinhos de Bab al Tabbaneh, habitado por sunitas, e de Jebel Mohsen, um reduto alauíta. Moradores disseram que os combatentes trocaram disparos de metralhadoras e bazucas desde o anoitecer da véspera, e que franco-atiradores estiveram ativos durante todo o dia.
Uma fonte militar disse à Reuters que, após negociações com o Exército nesta terça-feira, os dois lados concordaram em suspender as hostilidades. No entanto, ao anoitecer, moradores disseram ter ouvido disparos ocasionais.
Em nota, o Exército disse que prendeu cem pessoas desde domingo, incluindo 34 sírios e 4 palestinos, numa operação destinada a retirar armas das ruas. A nota informou também que militares ocuparam imóveis de Beirute e Trípoli onde atiradores se escondiam e guardavam seus arsenais. Quinze membros das forças de segurança foram baleados.
Nesta manhã, soldados amparados por tanques e veículos blindados estavam estacionados nas ruas de Trípoli, que já registrou confrontos anteriores desde o início da guerra civil síria, há 19 meses. A rebelião na Síria é promovida principalmente por pessoas da maioria muçulmana sunita, que luta para derrubar o regime de Bashar Assad, ligado à seita alauíta, uma variação do islamismo xiita.
No Líbano, o grupo xiita Hezbollah, aliado de Assad, participa do gabinete de Mikati, junto com outros xiitas e alauítas libaneses.
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