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Aliados do governo grego bloqueiam plano de austeridade


Partidos de esquerda não concordam com as reformas nas leis trabalhistas, impostas pelos credores internacionais, e provocam impasse em Atenas


Manifestante com máscara de Guy Fawkes, protesta em atenas, na Grécia, em 19/10/2012
Manifestante segura bandeira da Grécia durante protesto em Atenas

Dois partidos minoritários do governo grego barraram na terça-feira a aprovação de um novo pacote de austeridade exigido por credores, por se oporem a reformas nas leis trabalhistas.

Representantes dos credores internacionais deixaram Atenas nesta semana dizendo que estava praticamente certa a aprovação das reformas e cortes orçamentários condicionados à liberação da próxima parcela de ajuda financeira ao país. Segundo a agência Reuters, os governo e credores teriam concordado em implementar as reformas ao longo de quatro anos, e não dois, como previa o plano original.

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Mas, para aprovar o pacote, o governo comandado pelo partido conservador Nova Democracia precisa convencer seus parceiros de coalizão. A Esquerda Democrática e o socialista Pasok há muito tempo se opõem às medidas impopulares impostas pela Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI - o grupo conhecido como troika -, que devem causar cortes salariais e redução em pagamentos de indenização nos casos de demissão.

Impasse - O ministro do Trabalho, Yannis Vroutsis, disse que os dois partidos aliados não concordaram com um mecanismo para evitar reajustes salariais automáticos, e que isso atrapalharia a aprovação do pacote de austeridade, no valor de 11,5 bilhões de euros (14,9 bilhões de dólares).

"Eu não aceitarei nem votarei as reformas trabalhistas que a troika exige, e nem os deputados da Esquerda Democrática ", disse o líder do partido Fotis Kouvelis a jornalistas após uma reunião com os chefes dos dois outros partidos da coalizão.

Evangelos Venizelos, do Pasok, também reiterou sua oposição às reformas e pediu ao premiê Costas Samaras que convença os líderes europeus a reverem as propostas. "Não precisamos abrir novas frentes como a reforma trabalhista, que não contribui em nada para as nossas metas fiscais", disse Venizelos, acrescentando que cortes trabalhistas já foram implementados neste ano. "É injustificado e provocativo abrir essa discussão novamente agora."

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