Pular para o conteúdo principal

População do Líbano teme que conflito sírio chegue ao país


Atentado nesta sexta-feira deixou oito mortos e foi atribuído a forças do governo da Síria

NOVA YORK - Era início da tarde em Ashrafyeh, tradicional bairro da elite cristã de Beirute. Siham Harati, cônsul do Brasil no Vale do Bekaa, visitava sua filha, que mora a poucos quarteirões do shopping ABC, um dos mais sofisticados do mundo árabe.
Atentado matou oito pessoas no Líbano - Wael Hamzeh/Efe
Atentado matou oito pessoas no Líbano
"Havíamos acabado de passar pela Sessine", disse ela por telefone ao Estado, referindo-se à praça rodeada por cafés e restaurantes no bairro cristão. "Ouvi um barulho forte e meu corpo foi jogado para a frente. O motorista foi com a cara em direção ao vidro, mas não se machucou." Segundo Harati, ao olhar para trás, ela viu fumaça. Minutos depois, na casa da filha, entendeu o que tinha ocorrido.
Os libaneses estão acostumados com episódios como o desta sexta-feira. Dezenas ocorreram desde que um carro-bomba explodiu e matou o então premiê e líder da oposição Rafic Hariri, na marina de Beirute. Os mais velhos ainda se recordam de momentos piores, como os 15 anos de guerra civil, entre 1975 e 1990. A diferença é que, agora, a Síria, antes símbolo de estabilidade, vive um conflito armado.
Pelo Facebook, um brasileiro-libanês informou ao Estado que os sunitas estavam revoltados com a morte de Wissam al-Hassan, aliado de Saad Hariri, principal nome da oposição. "Nós cristãos estamos em casa, aguardando o que pode ocorrer. Estamos tensos", disse outro brasileiro. Saif Amous, acadêmico palestino que vive na região de Hamra, era menos cético. "Hoje as ruas estão mais vazias, mas amanhã volta ao normal", disse.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular