Ministro da Justiça reitera oferta de ajuda ao governo paulista
José Eduardo Cardozo enviou carta a Geraldo Alckmin dizendo que as ações contra a violência urbana 'têm de ser integradas, envolvendo União, Estados e municípios'
BRASÍLIA - Em carta ao governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), o ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, reiterou a oferta de ajuda ao governo estadual
no combate à onda de violência desencadeada por grupos criminosos no Estado, mas
afirmou que o governo federal "não é mero repassador de recursos" para ações
isoladas sem planejamento estratégico. "Passou a época em que a segurança
pública era disputa de mocinhos e bandidos. As ações têm de ser integradas,
envolvendo União, Estados e municípios", disse ele.
Na carta ao governador, Cardozo insistiu que tem oferecido ajuda federal para o governo local debelar a onda de ataques de criminosos, inclusive na última reunião, em junho passado, com o secretário de segurança paulista, Antônio Ferreira Pinto, ocasião em que as questões de inteligência foram debatidas. O ministro reiterou a oferta de vagas nos presídios federais de segurança máxima para isolar os líderes da organização, que estariam comandando atentados de dentro das celas e o emprego de toda a estrutura de inteligência do governo federal.
Cardozo também propôs a criação de um grupo de trabalho comum entre tropas da União - entre elas a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança Pública - e as de São Paulo. Mas deixou claro que não mandará recursos descolados de planejamento estratégico, como o que foi negociado com os governos do Rio de Janeiro em 2010 e o de Alagoas, este ano. "Diante do elevado padrão orçamentário desse Estado, nossa intenção não é que o governo federal compareça como mero repassador de recursos para o atendimento de despesas ordinárias dos órgãos de segurança", anotou.
O ministro deixou claro que a ajuda depende de que as partes sentem à mesa, resolvam diferenças de concepções e cheguem a um acordo. "Não é nossa intenção arcar com investimentos que possam ser custeados diretamente pelos cofres estaduais a partir de uma política própria de priorização orçamentária", enfatizou. A carta é o último capítulo de um bate boca público alimentado nos últimos dias pelo secretário de segurança paulista, que acusa o ministro de "faltar à verdade" quando diz que ofereceu ajuda a São Paulo.
Cardozo disse que não vai alimentar polêmicas inúteis e espera que Alckmin ponha fim à animosidade de sua equipe, em nome dos interesses do povo paulista. "Não é hora de trazer disputas políticas à tona, mas de somar esforços no combate ao crime", pregou. O diálogo com Pinto, todavia, ficou azedo porque ele deixou nas autoridades federais uma imagem de bravateiro e amador no combate ao crime organizado.
A resposta do ministro, que resultou também em nota oficial divulgada na noite desta terça-feira, 30, decorre também da afirmação de autoridades paulistas, que atribuem a responsabilidade pela violência no Estado ao governo federal, por suposta falta de fiscalização nas fronteiras. "É inaceitável, além de inverídica, a afirmação de que a elevação da violência em São Paulo deriva do descontrole nas fronteiras", rechaçou Cardozo.
Ele disse que a intenção do governo federal "é a atuação conjunta das forças e órgãos federais com todos os órgãos estaduais que desenvolvam ações e programas na área de segurança". Essa atuação conjunta, segundo ele, deve nascer de "um plano de ação predefinido, fundado no compartilhamento aprofundado de informações na área de inteligência policial, bem como na análise de técnicos e especialistas".
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