Banco Central sofre calote de instituição e vende títulos públicos para cobrir buraco
Papéis que serão vendidos nesta quuarta-feira valem cerca de R$ 53,8 mi; por sigilo bancário, nome do banco ou corretora não foi divulgado
BRASÍLIA - O Banco Central sofreu um calote de uma instituição financeira sob intervenção. Essa instituição pegou dinheiro numa linha de socorro oferecida pelo BC e não quitou o débito. Para cobrir o buraco, o BC venderá nesta quarta-feira títulos públicos que foram oferecidos com garantia na operação. Os papéis valem cerca de R$ 53,8 milhões.
Por questões de sigilo bancário, o nome do banco ou corretora que ficou inadimplente não foi divulgado. O BC disse apenas que se trata de uma instituição que está sob o "regime especial", decretado pela autarquia.
Regime especial é um conjunto de regras que instituições financeiras têm de seguir ao sofrer liquidação, intervenção ou quando entram em Regime de Administração Especial Temporária (Raet), como no caso do Cruzeiro do Sul. No Raet, os dirigentes da instituição são substituídos para que procedimentos operacionais sejam corrigidos.
A venda de títulos dados como garantia em operações de redesconto pode ocorrer toda vez que o tomador do empréstimo fica inadimplente. O redesconto é uma linha de socorro para bancos que precisam de recursos, mas já não conseguem pegar esse dinheiro com outras instituições no mercado.
O redesconto é feita da seguinte forma: o BC fornece dinheiro à instituição necessitada e, em troca, recebe títulos como garantia. Como geralmente se trata de um recurso imediato para fechar o caixa, nessa operação, há o compromisso de o negócio ser revertido no dia seguinte. Quando a instituição não honra e o dinheiro não é devolvido, os títulos passam a fazer parte da carteira do BC, que os vende em leilão.
Dados do próprio BC revelam que a operação de redesconto foi usada por vários dias seguidos nas últimas semanas e que R$ 53,37 milhões foram emprestados ao sistema financeiro em 14 de setembro. Esse volume permanecia sem pagamento até 28 de setembro, último dia útil do mês passado. A partir de então, não há mais informações disponíveis no banco de dados do BC.
Levando-se em conta apenas os 11 dias divulgados, esse já é o maior período de exposição ininterrupta do BC ao redesconto de um dia desde meados de 2002, quando o mercado ficou devendo 14 dias seguidos à autarquia. O período antecede a intervenção feita pelo BC no Banco BVA, que ocorreu em 19 de outubro.
Por questões de sigilo bancário, o nome do banco ou corretora que ficou inadimplente não foi divulgado. O BC disse apenas que se trata de uma instituição que está sob o "regime especial", decretado pela autarquia.
Regime especial é um conjunto de regras que instituições financeiras têm de seguir ao sofrer liquidação, intervenção ou quando entram em Regime de Administração Especial Temporária (Raet), como no caso do Cruzeiro do Sul. No Raet, os dirigentes da instituição são substituídos para que procedimentos operacionais sejam corrigidos.
A venda de títulos dados como garantia em operações de redesconto pode ocorrer toda vez que o tomador do empréstimo fica inadimplente. O redesconto é uma linha de socorro para bancos que precisam de recursos, mas já não conseguem pegar esse dinheiro com outras instituições no mercado.
O redesconto é feita da seguinte forma: o BC fornece dinheiro à instituição necessitada e, em troca, recebe títulos como garantia. Como geralmente se trata de um recurso imediato para fechar o caixa, nessa operação, há o compromisso de o negócio ser revertido no dia seguinte. Quando a instituição não honra e o dinheiro não é devolvido, os títulos passam a fazer parte da carteira do BC, que os vende em leilão.
Dados do próprio BC revelam que a operação de redesconto foi usada por vários dias seguidos nas últimas semanas e que R$ 53,37 milhões foram emprestados ao sistema financeiro em 14 de setembro. Esse volume permanecia sem pagamento até 28 de setembro, último dia útil do mês passado. A partir de então, não há mais informações disponíveis no banco de dados do BC.
Levando-se em conta apenas os 11 dias divulgados, esse já é o maior período de exposição ininterrupta do BC ao redesconto de um dia desde meados de 2002, quando o mercado ficou devendo 14 dias seguidos à autarquia. O período antecede a intervenção feita pelo BC no Banco BVA, que ocorreu em 19 de outubro.
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