Pular para o conteúdo principal

S&P rebaixa rating da Argentina de B para B-, com perspectiva negativa

Rebaixamento resultou da decisão de que o país não pode fazer pagamentos aos credores que aceitaram reestruturação da dívida do país em 2005

 
BUENOS AIRES - A Standard & Poor's rebaixou o rating da dívida soberana da Argentina para B-, de B. A perspectiva é negativa. "A perspectiva negativa indica pelo menos uma chance em três de que haverá um rebaixamento nos próximos 12 meses", diz a nota da S&P. O rating atribuído pela S&P à Argentina é não solicitado, ou seja, a S&P não foi contratada pelo governo argentino para classificar sua dívida.
Segundo a agência, o rebaixamento resultou da decisão de um tribunal dos EUA segundo o qual a Argentina não pode fazer pagamentos aos credores que aceitaram a reestruturação da dívida do país em 2005 sem dar o mesmo tratamento aos que recusaram. A S&P acrescentou que o rating da Argentina poderá se estabilizar se o governo tomar medidas para restaurar a confiança do investidor na perspectiva de médio prazo de sua economia.
Para a S&P, a Argentina poderá enfrentar riscos crescentes de gestão da dívida por causa da decisão do tribunal norte-americano. A agência não espera que a decisão do tribunal tenha um impacto imediato na capacidade da Argentina de fazer pagamentos do serviço da dívida, mas ela tornará mais difícil para o país normalizar suas relações com credores privados, bilaterais e multilaterais.
A agência também disse que sua decisão foi influenciada pelas políticas econômicas implementadas desde que a presidente Cristina Kirchner obteve um segundo mandato, em outubro do ano passado. Essas políticas, que incluem controles sobre o câmbio, barreiras a importações e uma intervenção crescente do Estado na economia, poderão enfraquecer as perspectivas de crescimento do país no médio prazo.
"Acreditamos que esses ações podem exacerbar as debilidades existentes na economia argentina, inclusive a inflação alta e os gastos cada vez mais rígidos do governo, e resultar em uma deterioração da perspectiva fiscal e das condições para investimento no médio prazo", escreveram os analistas da S&P.
A agência prevê que o PIB da Argentina crescerá cerca de 1,5% neste ano, muito abaixo da projeção do governo do país, de 3,4%; recentemente, o Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec) disse que o crescimento anual nos primeiros oito meses do ano foi de 2,3%.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...