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Chefe do serviço de inteligência morre em ataque no Líbano


Atentado a bomba em Beirute na hora do rush matou 8 pessoas e feriu dezenas


O atentado desta sexta em Beirute causou  a morte do chefe do serviço de inteligência das Forças de Segurança Interna
 

O chefe do serviço de inteligência das Forças de Segurança Interna (FSI) no Líbano, Wissam al-Hassan, morreu no atentado que atingiu Beirute nesta sexta-feira, afirmou uma fonte do governo. O general Hassan era ligado a Saad Hariri, líder da oposição libanesa hostil ao regime de Bashar Assad na Síria, e era considerado um dos principais candidatos para assumir o comando das FSI no final do ano. Ele era aparentemente o alvo do ataque, o mais grave registrado em Beirute em pelo menos quatro anos.

O Líbano ainda está se recuperando de uma guerra civil que durou 15 anos. O fim do conflito, em 1990, não significou o fim dos assassinatos e da tensão sectária entre sunitas, xiitas, cristãos e outros. O atentado desta sexta aumenta o temor de que o conflito da vizinha Síria esteja se alastrando. No Líbano, comunidades religiosas se dividem entre as que apoiam Assad e aquelas que estão do lado dos rebeldes.

Wissam al-Hassan, chefe do serviço de inteligência das Forças de Segurança Interna (FSI) no Líbano, era crítico do regime sírio
Wissam al-Hassan, chefe do serviço de inteligência das Forças de Segurança Interna (FSI) no Líbano, era crítico de Assad

Hariri culpou o regime do ditador sírio pelo atentado que matou ao menos outras sete pessoas e deixou dezenas de feridos. Em entrevista à rede CNN, o ex-primeiro-ministro afirmou que Assad "não pensará duas vezes" antes de matar libaneses para se proteger.

O pai de Hariri, Rafik, morreu há sete anos em um atentado que, segundo seus aliados, teria sido de autoria de Damasco e do grupo terrorista Hezbollah, aliado de Assad.

Vários sunitas saíram às ruas do Líbano para protestar contra a morte de al-Hassan, que também é sunita. Pneus foram queimados durante as manifestações em Beirute, segundo a rede BBC.

Na Síria, o regime do alauíta Assad ofuscou a importância da maioria sunita, acendendo a ira de uma etnia que corresponde a 74% da população.


EUA e ONU condenam - Os Estados Unidos condenaram o que classificaram de "aparente ato de terrorismo" no Líbano. “Não há justificativa para tal violência”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

O Conselho de Segurança da ONU também condenou o atentado e exigiu o fim das tentativas de desestabilizar o Líbano por meio de assassinatos políticos.

Inteligência - Os serviços de inteligência das FSI desempenharam um papel crucial na prisão, em 9 de agosto, do ex-ministro da Informação libanês Michel Samaha, partidário do regime sírio, como parte de um caso de explosivos apreendidos que deviam ser armazenados no norte do Líbano.

O oposicionista Samir Geagea afirmou à imprensa que o general havia acionado 'medidas de segurança excepcionais' para se proteger de eventuais ataques. "Ele tinha levado sua mulher e seus filhos para Paris porque sabia que era visado".

A mudança da família de Wissam al-Hassan para Paris ocorreu como resultado da prisão, porque o chefe do serviço de inteligência havia recebido várias ameaças.

As FSI também atuaram na busca dos responsáveis pelos atentados que tiveram como alvo personalidades políticas do país entre 2005 e 2008 e pelos quais Damasco foi acusado, principalmente pela morte do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, pai de Saad, em 2005.

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