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Economia do governo para pagar juros é a menor desde 2001 até abril

Resultado primário do mês passado ficou em 10,08 bilhões de reais; no acumulado do ano, número chega a 14,59 bilhões de reais

Produção de cédulas de notas de 10 reais na Casa da Moeda no Rio de Janeiro
Resultado primário: pior saldo acumulado em 14 anos.
O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou superávit primário (que é a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública) de 10,08 bilhões de reais em abril, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira. No acumulado do ano até o mês passado, o resultado está positivo em 14,59 bilhões de reais. Apesar de estar no azul, trata-se do pior resultado para o acumulado do ano desde 2001, quando o valor ficou em 13 bilhões de reais. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando o superávit registrado estava no patamar de 29 bilhões de reais, há uma queda de 50,9%.
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O resultado fiscal de abril foi obtido por meio de um superávit do Tesouro Nacional de 13,276 bilhões de reais, enquanto a Previdência Social e Banco Central tiveram as contas negativas em 3,112 bilhões de reais e 78,4 milhões de reais, respectivamente.
Em abril, a receita líquida da União somou 99,19 bilhões de reais, 3,3% a mais do que o verificado no mesmo mês de 2014. Em contrapartida, a despesa cresceu com mais intensidade, atingindo 89,11 bilhões de reais, alta de 12,2% em relação a abril do ano passado. Contribuíram para isso os gastos elevados com o pagamento de benefícios trabalhistas, subsídios e subvenções, e despesas com o custeio da máquina pública.
O maior avanço da despesa ante a receita mantém acesa a luz amarela sobre a capacidade do governo em cumprir a meta de superávit. Para alcançar o objetivo, o governo se empenha em reequilibrar as contas públicas por meio de mudanças em gastos obrigatórios, reversão de desonerações e recomposição de tributos.
A meta de superávit primário de 2015 para o setor público é de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse montante, o governo federal responde por 55,3 bilhões de reais e o restante - 11 bilhões de reais - fica a encargo de Estados e municípios. Deste modo, o esforço fiscal do primeiro trimestre, de 14,59 bilhões de reais, representa cerca de 26,3% da meta do governo para todo o ano.
Segundo o Tesouro Nacional, os investimentos totais do governo federal despencaram 34,4%, no primeiro quadrimestre, somando 19,67 bilhões de reais. Isso é reflexo dos cortes de verba remetidos aos órgãos da União em um momento de ajuste fiscal. Já as despesas com os programas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tiveram queda de 38% de janeiro a abril, totalizando 13,53 bilhões de reais.
Em abril, os investimentos totais somaram 4,22 bilhões de reais, queda de 43,5% em valores corrigidos pela inflação em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as despesas do PAC tiveram baixa de 40,5% entre abril deste ano e o de 2014, alcançando 2,86 bilhões de reais.

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