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Renan usa pauta de governadores para pressionar Dilma

O encontro desta quarta-feira é um ato político no qual o presidente do Senado poderá catalisar as reclamações dos governadores e impor uma pauta indigesta ao Planalto

Para aumentar ainda mais a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reunirá governadores de todos os Estados brasileiros para debater uma pauta capaz de criar constrangimentos ao Planalto. Noa pauta de assuntos a serem discutidos no ato político que ocorrerá na manhã desta quarta-feira (20), estão temas indigestos para as contas do governo.
Renan conversa com Lula durante visita do ex-presidente à residência oficial do senador
Agência Senado
Renan conversa com Lula durante visita do ex-presidente à residência oficial do senador
Entre eles, a discussão de um novo pacto federativo, as reclamações em relação aos repasses da União para áreas de saúde, as dívidas dos Estados com a União, as propostas de redução de gastos e de pastas no governo, o ajuste fiscal, além do contingenciamento que deverá ser anunciado até o final desta semana e, como a própria presidente afirmou, será significativo.
Nos bastidores, colegas de Renan no Senado já apontavam a reunião desta quarta-feira como "o troco" da aprovação da indicação do ministro Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal (STF). Renan trabalhou contra a aprovação, no entanto acabou vencido.
Renan tem se dedicado a articulação do encontro há cerca de um mês e telefonou para cada governador fazendo o convite. Na terça-feira (19), ao receber representantes da Sociedade Brasileira de Cardiologia em seu gabinete, chegou a informar aos médicos que não deixaria de discutir com os governadores os problemas de repasses da União para a saúde.
Assista entrevista com Beto Richa, governador do Paraná:
A estratégia do presidente do Senado é catalisar a choradeira comum entre governadores de partidos de oposição e de aliados do Planalto e ganhar aval para tocar no Legislativo os pleitos dos gestores. Na noite de terça-feira, dos 27 governadores, 24 já haviam confirmado presença.
Entre os aliados do Planalto, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) confirmou presença, assim como o petista, Rui Costa, governador da Bahia.  No Estado, Coutinho alegou que as dificuldades que passam cada estado está além das questões políticas , considerando que sua presença no encontro não abalaria sua relação com a presidente, que o apoiou nas eleições, apesar de ter o PSB como adversário.
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Coutinho tem participado da articulação entre os nove governadores do Nordeste para apresentar pleitos comuns da região e essas demandas passam necessariamente pela dificuldade de receita dos estados.
Já o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) classifica de extravagante a concentração de receitas na União enquanto os Estados e municípios, segundo ele, assumem cada vez mais atribuições. “Nós vemos sempre a cada vez mais uma extravagante concentraçãoo de receitas no governo federal” , considera. “Tem que haver uma revisão deste pacto federativo”, defendeu.

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