Pular para o conteúdo principal

ONU diz que, com empenho político e social, é possível erradicar a fome

Segundo relatório das Nações Unidas divulgado nesta quarta-feira, 167 milhões de pessoas deixaram a condição de famintas na última década

Criança desnutrida em Monróvia, na Libéria
Criança desnutrida em Monróvia, na Libéria.
A Organização das Nações Unidas (ONU) acredita que é possível erradicar a fome no mundo. Para isso, ressalta a entidade, deve haver compromisso político e social. Segundo um relatório sobre o estado da insegurança alimentar divulgado nesta quarta-feira por três agências da ONU, embora 795 milhões de pessoas ainda passem fome no mundo, 167 milhões de pessoas deixaram a condição de famintas na última década.
Segundo o documento, divulgado pelas agências Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e Programa Mundial de Alimentos (PMA) nesta quarta-feira, em Roma, o número de pessoas que passam fome nos países em desenvolvimento é de 780 milhões, ou 12,9% da população mundial - nos países desenvolvidos, cerca de 15 milhões de pessoas também passam fome. Em 1990, havia 991 milhões de pessoas nessa condição, o equivalente a 23,3% da população daquele ano.
Leia também:
UE anuncia plano de realocar 40 mil imigrantes entre países membros
Em 2000, a ONU estipulou entre as Metas de Desenvolvimento do Milênio reduzir à metade a proporção de população faminta no mundo em quinze anos. De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira, 56% dos 129 países em desenvolvimento do mundo alcançaram a meta. "A mensagem principal e mais importante é que 72 países em desenvolvimento já alcançaram esse objetivo. Podemos erradicar a fome", declarou o diretor-geral FAO, José Graziano da Silva, que destacou a necessidade de desenvolver "políticas ativas".
Segundo Silva, a vontade política é fundamental para explicar a redução da fome nestes países, embora ele também tenha apontado o compromisso social, já que "é a sociedade que quer erradicar a fome e a que leva isso como a grande prioridade".
Entre as regiões que mais avançaram está a América do Sul, onde menos de 5% da população passa fome hoje, uma redução de mais de 50% em 25 anos. Ásia Central, Sudeste Asiático e partes do norte da África também mostraram progressos significativos.
O sul da Ásia enfrenta a maior situação de fome no mundo, em número de afetados, com 281 milhões de pessoas sem comida suficiente, de acordo com as agências da ONU. O relatório assinala que a África subsaariana tem a maior prevalência de fome: mais de 23% da população não tem o suficiente para comer.
(Com agências EFE e Reuters)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.