Lula pede R$ 8 bilhões a Dilma para socorrer Haddad
Preocupado com reeleição de afilhado político, ex-presidente intercede junto a Dilma em meio a corte orçamentário para garantir verba de promessas eleitorais
No mesmo dia, o governo federal anunciou um corte orçamentário de quase 70 bilhões de reais, dos quais 25,7 bilhões de reais do PAC.
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Além disso, o ex-presidente, que foi cabo eleitoral e fiador das campanhas de Haddad e de Dilma, pediu que ministros do PT com base eleitoral em São Paulo participem mais do dia a dia da prefeitura e da agenda política na capital paulista. O instituto Datafolha aferiu, em fevereiro, que a administração de Haddad é considerada ruim ou péssima por 44% dos paulistanos.
A senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, que deixou o PT, aposta em agendas públicas na periferia de São Paulo e faz críticas a Haddad para alavancar sua pré-candidatura, que deve ser lançada por PSB e PPS. Também são pré-candidatos o deputado federal Celso Russomanno (PRB) e o vereador Andrea Matarazzo (PSDB).
O dinheiro seria usado por Haddad na em obras contra enchentes, moradias populares e na construção de corredores de ônibus, uma promessa de campanha que ele manobra para conseguir aprovar. Neste mês, a Haddad já admitiu que não conseguirá cumprir a promessa eleitoral de construção de creches - ele dava como certo que receberia dinheiro federal para cumprir a meta. Desde o primeiro ano de mandato, Haddad desistiu também de parte de projetos-chave, como o Arco do Futuro, conjunto de obras urbanísticas e viárias que foi alterado.
No ano passado, a desaprovação a Haddad foi considerada pelo PT um dos fatores que levaram à derrota no Estado de Dilma e do então candidato ao governo estadual Alexandre Padilha (PT), ex-ministro da Saúde abrigado na secretaria de Relações Governamentais de Haddad.
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