EUA e Cuba se reúnem para acelerar reabertura de embaixadas
Representantes dos dois países disseram, após o encontro em Washington, que um acordo diplomático está muito próximo de acontecer
Washington, no entanto, precisa obter garantias de que Cuba cumprirá determinados requerimentos antes de selar um acordo. O país espera que a ditadura castrista dê total liberdade aos diplomatas americanos para andar pela ilha e falar com quem eles bem entenderem. Havana também deverá assegurar que suas autoridades não bisbilhotarão os carregamentos da representação americana e que os visitantes da embaixada não serão intimidados pela polícia local. Gustavo Machin, um diplomata cubano que participa das reuniões, afirmou que não enxerga "obstáculos, mas assuntos que precisam ser resolvidos e discutidos".
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Um ponto de divergência que pode atrapalhar a relação entre os países diz respeito a um programa que os Estados Unidos mantêm em zonas de interesse para treinar jornalistas independentes e lecionar as práticas básicas da profissão. O ditador Raúl Castro afirmou que um procedimento desta natureza será considerado "ilegal" em Cuba, uma vez que toda a imprensa do país é rigorosamente controlada pelo regime comunista. O Departamento de Estado americano defendeu o treinamento, afirmando que o programa é oferecido "ao redor de todo o mundo".
As embaixadas nos dois países estão fechadas desde janeiro de 1961, quando o presidente americano Dwight Eisenhower rompeu as relações diplomáticas com Cuba. A medida foi adotada em resposta a uma demanda do então ditador Fidel Castro, que desejava reduzir drasticamente o número de funcionários da representação americana. Fidel acusava os diplomatas de operar um posto de espionagem na embaixada para conspirar contra o regime comunista instalado na ilha após a Revolução Cubana de 1959. Em 1977, durante um período de pouca hostilidade, as nações concordaram com a abertura de "seções de interesse" em suas respectivas capitais. As áreas não contam com embaixadores, possuem atividade diplomática limitada e, tecnicamente, são administradas sob a supervisão da Suíça.
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