Pular para o conteúdo principal

Rússia pede US$ 1,32 bilhão em troca de navios não entregues pela França

A compensação financeira foi exigida quando o governo francês recuou em relação à venda dos porta-helicópteros

O navio Vladivostok já em fase de finalização em um estaleiro da França
O navio Vladivostok já em fase de finalização em um estaleiro da França (AFP/)
A Rússia está exigindo do governo da França uma indenização de 1,32 bilhão de dólares (quase 4 bilhões de reais) como compensação pelo cancelamento de um contrato que previa a entrega de dois porta-helicópteros franceses aos russos. O presidente François Hollande sofreu pressão de seus aliados ocidentais para não fornecer os navios à Moscou, que tem envolvimento direto com a crise na Ucrânia, apoiando os separatistas com armas e tropas.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia está disposta a aceitar a compensação financeira caso a França cancele a entrega, mas afirmou que a questão não é um grande empecilho no relacionamento entre as duas nações. "O principal é o seguinte: ou os bens ou o dinheiro", disse Peskov, acrescentando que os dois presidentes concordaram com essa resolução.
Leia também:
Rússia diz que França deve devolver dinheiro caso não entregue navios
Kerry e Putin mudam o tom, mas mantêm divergências sobre a Ucrânia
EUA acusam Rússia de violar cessar-fogo na Ucrânia
O contrato, que vale 1,19 bilhão de dólares (5,7 bilhões de dólares), foi discutido novamente entre Hollande e Vladimir Putin no mês passado. Segundo a agência Reuters, uma fonte russa próxima às negociações afirmou que Putin pensava no valor de 1,32 bilhões de dólares, enquanto Paris está oferecendo 898 milhões de dólares (2,6 bilhões de reais) como indenização. A fonte disse também que o governo russo não chegou a pagar todo o valor dos equipamentos militares, mas que teve despesas adicionais com treinamento de pessoal e organização da produção de peças para os navios.
"Os dois porta-helicópteros Mistral foram construídos para a marinha russa, para nossos helicópteros, nossos sistemas de controle, nossa infraestrutura. Esses navios não podem ser fornecidos a um terceiro país sob qualquer circunstância; isso é uma questão de segurança de Estado", afirmou o funcionário de alto escalão do ministério da Defesa, Yury Yakubov, segundo a agência de notícias Interfax. Falando separadamente em Belgrado na sexta-feira, o Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que Rússia e França tinham chegado a um acordo, e que ela agora está sendo tratada em níveis "jurídicos e comerciais".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.