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Estado americano do Nebraska decide abolir a pena de morte

Esta foi a primeira vez em mais de 40 anos que um Estado conservador proibiu a pena capital. Outros seis tomaram a mesma decisão desde 2007

Câmara de execução do Departamento de Correções em Huntsville, no Texas (EUA)
Câmara de execução do Departamento de Correções em Huntsville, no Texas (EUA)
Legisladores do Nebraska derrubaram nesta quarta-feira um veto imposto pelo governador Pete Ricketts, do partido Republicano, e aboliram a aplicação da pena de morte no Estado americano. A decisão foi aprovada por 30 votos a 19. Segundo o jornal The New York Times, esta foi a primeira vez em mais de quarenta anos que um Estado cuja população é majoritariamente conservadora votou pela proibição da pena capital - o último havia sido a Dakota do Norte, em 1973.
Embora se considere apartidária, a Câmara de Nebraska é dominada por políticos republicanos. Os legisladores do partido que votaram a favor da abolição justificaram a decisão dizendo que a pena de morte era ineficiente, cara e que não condizia com os valores da legenda. Outros políticos se basearam em questões morais e religiosas para respaldar a proibição. Com a decisão, os condenados à pena capital passarão a cumprir prisão perpétua. Nesta semana, o número de prisioneiros no corredor da morte do Nebraska caiu para dez após a morte de um dos detentos na cadeia. O Estado não executava ninguém desde 1997.
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Outros dezoito Estados, além do distrito de Columbia, onde fica a capital Washington, aboliram a pena de morte. O Nebraska se tornou o sétimo a proibir a aplicação da sentença desde 2007 - Maryland, Connecticut, Illinois, Novo México e Nova Jersey foram os demais.
Os Estados Unidos enfrentam atualmente um controverso debate sobre a manipulação das drogas usadas para executar prisioneiros. Restrições dificultaram o acesso das prisões às substâncias e implicaram na adoção de coquetéis que não são considerados seguros. Em abril do ano passado, o condenado Clayton Lockett agonizou por mais de 30 minutos após a injeção letal ter falhado. Em julho, o assassino Joseph Wood sofreu com os efeitos das drogas por duas horas antes de morrer. O processo de execução foi tão demorado que os advogados do criminoso tiveram tempo de protocolar um recurso para tentar interromper a ação.
Frente ao debate, o governador do Estado de Utah aprovou, em março, uma lei autorizando a substituição da injeção mortal pelo fuzilamento. Arkansas, Wyoming e Idaho também consideram tal medida. No Tennessee, legisladores concordaram que, diante da escassez das drogas, os detentos deverão ser executados em cadeiras elétricas.

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