Estado americano do Nebraska decide abolir a pena de morte
Esta foi a primeira vez em mais de 40 anos que um Estado conservador proibiu a pena capital. Outros seis tomaram a mesma decisão desde 2007
Embora se considere apartidária, a Câmara de Nebraska é dominada por políticos republicanos. Os legisladores do partido que votaram a favor da abolição justificaram a decisão dizendo que a pena de morte era ineficiente, cara e que não condizia com os valores da legenda. Outros políticos se basearam em questões morais e religiosas para respaldar a proibição. Com a decisão, os condenados à pena capital passarão a cumprir prisão perpétua. Nesta semana, o número de prisioneiros no corredor da morte do Nebraska caiu para dez após a morte de um dos detentos na cadeia. O Estado não executava ninguém desde 1997.
Papa diz que pena de morte é o fracasso do Estado de direito
Terrorista da Maratona de Boston é condenado à pena de morte
Os Estados Unidos enfrentam atualmente um controverso debate sobre a manipulação das drogas usadas para executar prisioneiros. Restrições dificultaram o acesso das prisões às substâncias e implicaram na adoção de coquetéis que não são considerados seguros. Em abril do ano passado, o condenado Clayton Lockett agonizou por mais de 30 minutos após a injeção letal ter falhado. Em julho, o assassino Joseph Wood sofreu com os efeitos das drogas por duas horas antes de morrer. O processo de execução foi tão demorado que os advogados do criminoso tiveram tempo de protocolar um recurso para tentar interromper a ação.
Frente ao debate, o governador do Estado de Utah aprovou, em março, uma lei autorizando a substituição da injeção mortal pelo fuzilamento. Arkansas, Wyoming e Idaho também consideram tal medida. No Tennessee, legisladores concordaram que, diante da escassez das drogas, os detentos deverão ser executados em cadeiras elétricas.
Comentários
Postar um comentário