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Arábia Saudita volta a atacar o Iêmen após fim da trégua

Não houve acordo para prolongar o cessar-fogo. O Exército saudita voltou a atacar posições estratégicas e tanques de guerra dos rebeldes houthi na cidade de Aden

Mulheres caminham em área bombardeada pela coalizão da Arábia Saudita em Sana’a, capital do Iêmen
Mulheres caminham em área bombardeada pela coalizão da Arábia Saudita em Sana’a, capital do Iêmen(Reuters)
A coalizão chefiada pela Arábia Saudita voltou a bombardear o Iêmen após o término do cessar-fogo humanitário de cinco dias. A trégua teve fim no domingo à noite e não houve acordo para prolongá-la. Segundo o jornal The Guardian, o Exército saudita atacou posições estratégicas e tanques de guerra dos rebeldes houthi na cidade portuária de Aden, localizada ao sul do país. Os ataques tiveram início em março e são apoiados por unidades militares aliadas ao governo iemenita. O atual presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, foi obrigado a fugir para a Arábia Saudita diante do avanço das milícias xiitas. O objetivo da ofensiva é enfraquecer os houthis e reestabelecer a ordem democrática no país.
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No domingo, centenas de políticos iemenitas e chefes tribais começaram a discutir na Arábia Saudita o futuro do país. Os rebeldes rejeitaram as duas principais condições para participar das negociações: a volta de Saleh ao poder e a realização do encontro em território saudita. Com a ausência dos representantes das milícias xiitas, as conversas dificilmente resultarão em um acordo para interromper a onda de violência na qual o Iêmen mergulhou desde setembro do ano passado, quando a capital Sanaa caiu nas mãos das milícias. O enviado da ONU para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, pediu para que as partes envolvidas no confronto "evitem tomar ações que prejudiquem aeroportos, centros das cidades e a infraestrutura do transporte."
A ONU estima que o conflito no Iêmen provocou a morte de mais de 1.400 pessoas, sendo a maioria civis, desde 19 de março. Um bloqueio imposto pela Arábia Saudita tem provocado falta de comida, água, suprimentos médicos e eletricidade para a população de 25 milhões do país. Durante o cessar-fogo, organizações humanitárias se esforçaram para distribuir ajuda às pessoas atingidas pelo confronto. Um navio iraniano também está a caminho do país para entregar suprimentos. A comunidade internacional acusa o Irã de financiar os rebeldes houthis e tramar a escalada de tensão que culminou na derrubada do governo iemenita.

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