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Quase 1.000 morreram na Ucrânia após cessar-fogo

Conflito entre governo e separatistas do leste provoca treze mortes por dia

O conflito armado no leste da Ucrânia causou a morte de 4.317 pessoas e deixou 9.921 feridos, segundo um novo relatório da missão de direitos humanos das Nações Unidas apresentado nesta quinta-feira em Genebra. Entre as vítimas fatais, 957 morreram após a assinatura de um cessar-fogo entre o governo e os separatistas em 5 de setembro. Treze pessoas morrem diariamente desde então como consequência das hostilidades no leste do país.
O número de deslocados internos disparou desde meados de setembro e agora supera 466.000 pessoas, ante as 275.000 que as autoridades ucranianas tinham registrado há apenas dois meses.
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O relatório também aponta que os grupos separatistas da Ucrânia têm cometido graves violações dos direitos humanos nos territórios que controlam, e que a "natureza sistemática e generalizada" de tais abusos os equiparam a crimes contra a humanidade.
Esses atos incluem "torturas, detenções arbitrárias, desaparições forçadas, execuções sumárias, trabalho forçado e violência sexual, assim como a destruição e ocupação ilegal da propriedade", enumerou a missão da ONU na Ucrânia.
"São situações que foram vistas e seguem sendo vistas por nossos colegas no terreno", explicou o diretor para as Américas, Europa e Ásia Central do Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas, Gianni Magazzeni.
A ONU também afirmou que recebeu "informações críveis" procedentes de diversas fontes que indicam que "centenas de pessoas com uniformes militares" cruzaram dois postos na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia "nas duas direções".
Entre as testemunhas dos movimentos estão os observadores enviados pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).
"A contínua presença de uma grande quantidade de armamento sofisticado, assim como de combatentes estrangeiros, incluídos soldados da Rússia, afeta diretamente a situação de direitos humanos na Ucrânia", afirmou o quinto relatório sobre os direitos humanos na Ucrânia desde o início do conflito, em abril.
(Com agência EFE)

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