IPI de carros terá aumento em janeiro de 2015
Informação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em conversa com o presidente da Anfavea, Luiz Moan, após encontro em Brasília
Para os carros populares, o IPI de 3% deve subir para 7%
Em 1º de janeiro, a alíquota para os carros populares subirá de 3% para 7%, enquanto o tributo para os carros médios subirá de 9% para 11% (no caso dos motores flex) e para 13% (a gasolina). "Eu toquei no assunto, mas a posição é de que há decisão do governo pela implementação da alíquota cheia do IPI em janeiro", disse, acrescentando que não pediu explicações sobre os motivos. A decisão sobre repassar a alta do imposto integralmente para o preço final será de cada empresa, segundo Moan.
"Vamos continuar trabalhando na produção, nas promoções de venda e vamos continuar aqui. Estamos no Brasil há mais de 90 anos e vamos continuar nos próximos 90", disse Moan. Ele negou que o setor tenha planos de promover demissões. "A indústria tem seus trabalhadores em nível muito qualificado. A indústria sempre evitou fazer redução do pessoal pelo investimento que foi feito, então vamos lutar o máximo possível para continuar produzindo."
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PSI - Na reunião desta quinta-feira, o principal pedido do setor para o ministro Guido Mantega foi, segundo Moan, para que as taxas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para o próximo ano sejam divulgadas o mais rápido possível. "Hoje falamos muito mais de máquinas agrícolas, caminhões e ônibus. A posição do ministro é que ele vai estudar e levar em consideração", disse. Hoje, as taxas do PSI são de 6% para caminhões e ônibus e de 4,5% para máquinas agrícolas.
Crise - Num momento em que o setor automotivo está entre os que mais sofrem com a fragilidade da economia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mudou sua agenda para receber Moan. A despeito da retomada das vendas do setor automotivo em novembro, o ano deve fechar com queda de 5% a 6% em relação a 2013, segundo estimativa da Anfavea. Até sexta-feira, as vendas acumuladas estavam 8,5% inferiores ao dado registrado em igual período de 2013.
As montadoras reclamam da dificuldade dos consumidores em obter linhas de crédito para adquirir bens duráveis, como os do segmento automotivo, que estão cada vez mais apertadas. Nesse sentido, as vendas acabam sendo afetadas.
(Com Estadão Conteúdo)
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