Pular para o conteúdo principal

CVM pode punir Petrobras se resultado do 3º trimestre for antecipado a investidores

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários, estatal deve anunciar resultados simultaneamente em todos os meios, e não apenas a investidores

Divulgação do balanço da Petrobras foi adiada para 12 de dezembro
Divulgação do balanço da Petrobras foi adiada para 12 de dezembro
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entidade que regula o mercado de capitais brasileiro, pode punir a Petrobras, caso a empresa antecipe informações do balanço do terceiro trimestre em conferências com investidores e a imprensa, marcadas para a próxima segunda-feira. Os resultados financeiros da estatal deveriam ser divulgados nesta sexta-feira, mas por causa de denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava-Jato, a companhia decidiu adiar o anúncio para o dia 12 de dezembro.
Em nota, a Petrobras informou que a prestará informações sobre o balanço do terceiro trimestre em conferência com investidores e analistas às 11h na segunda-feira. Em seguida, às 13h, haverá a entrevista coletiva à imprensa. Mas, pelas regras da CVM, nenhuma "informação contábil nova" pode ser anunciada de forma separada, já que se tratam de notícias relevantes que merecem tratamento legal.
De acordo com a comissão, a divulgação de ato ou fato relevante deve ser feita "simultaneamente à veiculação da informação por qualquer meio de comunicação, inclusive informação à imprensa, ou em reuniões de entidades de classe, investidores, analistas ou com público selecionado, no país ou no exterior". O procedimento ideal é que tais informações sejam comunicadas à CVM antes de serem levadas a público.
Leia mais:
Sem aval de auditoria, Petrobras adia a divulgação do balanço
Em dia de queda nas bolsas mundiais, Bovespa recua mais de 3%
Bolsa opera em queda de mais de 3% com incerteza eleitoral 
Antes de anunciar o adiamento, a Petrobras esperava o aval da auditoria PricewaterhouseCoopers, que impôs condições para assinar os números do balanço. O receio da Price, que faz parte do grupo conhecido por "Big 4", composto pelas maiores auditorias do mundo, ao lado da Deloitte, da KPMG e da Ernst Young, é repetir no Brasil o escândalo da Arthur Andersen. A auditoria americana quebrou depois que foi envolvida no escândalo de fraude da petroleira Enron, em 2002.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Ex-presidente da Petrobras tem saldo de R$ 3 milhões em aplicações A informação foi encaminhada pelo Banco do Brasil ao juiz Sergio Moro N O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine (Foto: Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil) Em documento encaminhado ao juiz federal Sergio Moro no dia 31 de outubro, o Banco do Brasil informou que o ex-presidente da Petrobras e do BB Aldemir Bendine acumula mais de R$ 3 milhões em quatro títulos LCAs emitidos pela in...
Grécia e credores se aproximam de acordo em Atenas Banqueiros e pessoas próximas às negociações afirmam que acordo pode ser selado nos próximos dias Evangelos Venizelos, ministro das Finanças da Grécia (Louisa Gouliamaki/AFP) A Grécia e seus credores privados retomam as negociações de swap de dívida nesta sexta-feira, com sinais de que podem estar se aproximando do tão esperado acordo para impedir um caótico default (calote) de Atenas. O país corre contra o tempo para conseguir até segunda-feira um acordo que permita uma nova injeção de ajuda externa, antes que vençam 14,5 bilhões de euros em bônus no mês de março. Após um impasse nas negociações da semana passada por causa do cupom, ou pagamento de juros, que a Grécia precisa oferecer em seus novos bônus, os dois lados parecem estar agindo para superar suas diferenças. "A atmosfera estava boa, progresso foi feito e nós continuaremos amanhã à tarde", d...