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Opositora é chamada a depor por conspiração para matar Maduro

Alvo da fúria chavista, Marina Corina Machado é acusada de planejar o assassinato do presidente. Caso envolve mensagens de e-mail forjadas

A deputada venezuelana Maria Corina Machado participa de audiência pública para debater a crise política na Venezuela, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado
María Corina Machado em audiência no Senado, em Brasília, sobre a crise política na Venezuela
A Justiça venezuelana convocou a ex-deputada María Corina Machado para prestar depoimento no dia 3 de dezembro como acusada por conspiração com o objetivo de matar o presidente Nicolás Maduro. A deputada opositora teve o mandato cassado depois de denunciar a repressão do governo venezuelano contra manifestantes e passou a ser alvo da fúria chavista.
A teoria conspiratória do governo afirma que María Corina enviou e-mails revelando a intenção de matar o presidente. Sua defesa teme que ela tenha o mesmo destino do chefe do partido de oposição Vontade Popular, Leopoldo López, preso há nove meses em uma penitenciária militar por liderar protestos contra o governo. “Estou consciente disso, mas vou me apresentar em 3 de dezembro à promotoria. Isto é uma coisa grosseira”, disse ao jornal espanhol El País.
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María Corina prestou depoimento sobre o caso em julho, quando a Justiça determinou que ela não poderia deixar o país durante as investigações. À época, María afirmou que foi interrogada por oito horas e em nenhum momento foi questionada sobre o conteúdo dos e-mails que teria enviado a outros opositores. Apesar de a conta de e-mail citada de fato pertencer à ex-deputada, as mensagens são forjadas.
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Para María, o governo reavivou as estapafúrdias denúncias após o seu pedido para que sejam eleitos cidadãos independentes no processo que escolherá quatro novos membros para o Conselho Eleitoral da Venezuela. “Este é um regime que castiga, ataca e persegue de forma permanente. Não me vendem mais passagens aéreas para viajar as regiões venezuelanas, a polícia política corta a luz dos meus atos públicos e me censuram nos meios de comunicação. O governo quer que desistamos, mas estão errados”, disse ao jornal.

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