Pular para o conteúdo principal

Corte da Suécia rejeita pedido de Assange e mantém ordem de prisão

Hacker fundador do WikiLeaks está há mais de dois anos refugiado na embaixada do Equador em Londres. Pesam contra ele na Suécia acusações de crimes sexuais

Em Londres, Julian Assange, fundador do WikiLeaks, durante entrevista na embaixada do Equador
Em Londres, Julian Assange, fundador do WikiLeaks, durante entrevista na embaixada do Equador (Reuters)
Uma corte de apelação da Suécia manteve nesta quinta-feira a ordem de detenção contra o hacker australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, acusado de estupro e abuso sexual. Desde 2012 ele vive refugiado na embaixada do Equador em Londres para evitar uma extradição.
“Não há motivo para retirar a detenção apenas porque Julian Assange está em uma embaixada e, por esta razão, a ordem não pode ser aplicada no presente”, afirmou a Corte Svea, em Estocolmo. A decisão divulgada pontua que a permanência do hacker na embaixada “não deve contar a seu favor, já que ele mesmo pode escolher colocar um fim a isso”. Um tribunal de primeira instância também já tinha descartado o pedido em julho.
“As razões para a detenção ainda superam as razões em contrário uma vez que Julian Assange é suspeito de crimes de uma natureza relativamente grave e há um grande risco de ele fugir dos procedimentos legais ou da punição se a ordem for derrubada”.
Leia também:
Assange aproveita palanque e questiona soberania do Brasil
Por que o Wikileaks não gostou do filme 'O Quinto Poder'
Filme sobre Assange é 'o' fracasso do ano
O comunicado adverte, no entanto, que a investigação chegou a um ponto de impasse e os promotores não buscaram formas alternativas para interrogar Assange. “A Corte de Apelação considera que a falha dos promotores em examinar locais alternativos não condiz com sua obrigação de levar a investigação adiante”.
A observação responde ao argumento da defesa do hacker segundo o qual a ordem de prisão deveria ser derrubada pela impossibilidade de executá-la enquanto Assange está na embaixada e porque os investigadores não viajaram para Londres para recolher seu depoimento.
Assange não foi formalmente acusado na Suécia, mas a promotoria quer interrogá-lo sobre as denúncias envolvendo duas mulheres que ele encontrou durante uma visita ao país em 2010.
O australiano de 43 anos nega as acusações. Ele se considera alvo de perseguição política dos Estados Unidos e acredita que, se a Grã-Bretanha extraditá-lo para a Suécia, ele será em seguida enviado aos EUA para ser julgado pelo vazamento de documentos confidenciais.
(Com agências Reuters e EFE)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.