Londres reforça medidas contra retorno de jihadistas
Texto prevê que combatentes tenham que se submeter a uma série de regras caso queiram voltar à Grã-Bretanha
David Cameron (Reuters)
As medidas fazem parte de uma nova lei antiterrorista, proposta inicialmente em setembro e que foi detalhada nesta sexta-feira. O texto vai dar mais poderes à polícia para apreender passaportes e "impedir que cidadãos britânicos (suspeitos de envolvimento com os jihadistas) retornem ao Reino Unido".
Mais de 500 muçulmanos britânicos foram recrutados pelo Estado Islâmico para lutar na Síria e no Iraque e pelo menos 24 deles morreram em combate.
Leia também
Ataques da coalizão já mataram 865 pessoas na Síria
Novos bombardeios da coalizão em Mosul matam nove jihadistas
Ataque aéreo dos EUA mira líderes do Estado Islâmico no Iraque
Vídeo: Chefe jihadista usa relógio caro e condena luxo
Segundo a imprensa britânica, a nova lei - que deve ser submetida ao Parlamento este mês - impedirá durante ao menos dois anos o regresso ao Reino Unido de jihadistas que tenham combatido na Síria ou no Iraque, a menos que se submetam a uma série de medidas restritivas, incluindo custódia e devido processo legal. O governo Cameron espera que a lei seja colocada em prática a partir de janeiro.
A nova lei permitirá aos guardas de fronteira e à polícia aeroportuária confiscar o passaporte de qualquer suspeito de viajar ao estrangeiro para combater como "terrorista".
Cameron destacou que além destas medidas, é preciso atacar a raiz do problema. "Temos que afastar os pregadores extremistas dos nossos países. Temos que arrancar o extremismo de nossas escolas, universidades e prisões. Também é preciso trabalhar com a imensa maioria dos muçulmanos, que detestam esta narrativa pervertida que tem seduzido alguns dos nossos cidadãos."
Cameron está na Austrália para participar neste fim de semana, em Brisbane, da Cúpula do G20.
(Com agências EFE e France-Presse)
Comentários
Postar um comentário