Chuck Hagel não será mais chefe do Pentágono
Pressionado pela ameaça do Estado Islâmico, secretário de Defesa apresenta renúncia
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel (Reuters)
Caminho que precisa ser mais fácil que o trilhado por Hagel, cujo nome foi aprovado por uma estreita margem de votos, 58 a 41, em fevereiro do ano passado – resultado mais impressionante pelo fato de que ele cumpriu dois mandatos como senador republicano pelo Nebraska. Ele nunca se recuperou totalmente das críticas e não conseguiu conquistar espaço na equipe do presidente.
Integrantes da administração Obama afirmaram que a decisão de retirá-lo da chefia do Pentágono é uma admissão de que a ameaça imposta pelo grupo terrorista Estado Islâmico requer uma bagagem diferente da apresentada por Hagel, informou o jornal The New York Times. Republicano com experiência militar cético sobre a guerra no Iraque, ele assumiu a posição tendo como prioridade administrar a retirada de tropas do Afeganistão e a redução no orçamento da secretaria, em um momento de aperto orçamentário. No entanto, “os próximos anos vão exigir um foco diferente”, disse uma fonte do governo, que não quis ser identificada.
A versão oficial é que Hagel não foi demitido e que sua saída vinha sendo discutida há duas semanas com o presidente – os dois teriam chegado à conclusão de que a segurança precisava de uma nova liderança. No entanto, assessores do secretário vinham afirmando que ele esperava cumprir seus quatro anos de mandato.
“Sua remoção indica um esforço da Casa Branca em mostrar que está sensível aos críticos que apontaram tropeços na resposta do governo a várias questões de segurança nacional, incluindo a crise do ebola e a ameaça imposta pelo Estado Islâmico”, afirma o NYT.
Entre os nomes cotados para substituí-lo estão Michele Flournoy, ex-subsecretária de Defesa, e Ashton Carter, ex-vice-secretário de Defesa, que estava entre os candidatos ao cargo antes de Hagel assumir. O senador Jack Reed, democrata de Rhode Island, também é outro possível indicado.
(Com agência Reuters)
Comentários
Postar um comentário