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Para investigadores, decisão do STF sepulta chance de delações de empreiteiros

SISMO - Preso há três meses, o engenheiro Ricardo Pessoa tenta conseguir um acordo de delação premiada com a Justiça para revelar o que sabe sobre o escândalo da Petrobras
Preso desde novembro, o engenheiro Ricardo Pessoa finalmente conseguiu o direito de responder às acusações do esquema de corrupção da Petrobras em liberdade
Embora esperada, a soltura dos executivos de empreiteiras presos na Operação Lava Jato foi criticada reservadamente pelos investigadores do caso. Policiais federais e procuradores da República ainda tinham esperança de fechar um acordo de delação premiada com o presidente e sócio da UTC, Ricardo Pessoa, negociado desde dezembro. Era uma chance importante de acelerar as investigações sobre políticos com foro privilegiado, como o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e de esclarecer como o empresário injetou 10 milhões de reais na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, como revelou VEJA. Até o presidente e sócio da OAS, Léo Pinheiro, cogitava fazer uma delação premiada se não fosse beneficiado nesta terça-feira com a prisão domiciliar. Investigadores admitem que a libertação de Pessoa, Pinheiro e outros sete executivos acaba com as chances de novos acordos de delação entre empreiteiros. O temor é que a decisão do STF, com voto favorável de três ministros e oposição de dois, seja ampliada para outros réus em situação semelhante, com a prisão decretada pelo risco de fuga e de obstrução às investigações. (Daniel Haidar, de São Paulo)

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