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    Capital do Iêmen sofre o maior ataque aéreo desde o início da campanha saudita

    Os ataques a depósitos de armas provocaram grandes explosões e deixaram pelo menos 25 mortos e 350 feridos

    Explosão após ataque aéreo a um depósito de armas em Sanaa, Iêmen
    Explosão após ataque aéreo a um depósito de armas em Sanaa, Iêmen(Khaled Abdullah/Reuters)
    (Atualizado às 16h49)
    Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita contra depósitos de armas provocaram grandes explosões na capital do Iêmen, Sanaa. O bombardeio deixou pelo menos 25 mortos e 350 feridos, afirmou um funcionário do Ministério da Saúde segundo o jornal Washington Post. As explosões desta segunda-feira foram as mais fortes na cidade desde que a campanha saudita contra os rebeldes xiitas houthi começou no mês passado.
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    "O número de vítimas ainda está aumentando, e os hospitais estão encontrando grande dificuldade em lidar com o crescente número de feridos e mortos", informou o oficial sob condição de anonimato. A rede de televisão al-Masirah, dos houthis, afirmou que Mohammed Shamsan, apresentador de um outro canal local, foi morto e membros de sua equipe ficaram feridos. Ambulâncias foram enviadas para os locais das explosões e a al-Masirah transmitiu um comunicado das autoridades de saúde pedindo que os cidadãos doem sangue.
    A explosão provocada pelos ataques pode ser ouvida em toda a capital e quebrou janelas por toda a cidade. "De repente sentimos um terremoto tremer debaixo de nossos pés. Os vidros das janelas quebraram por toda parte por causa da explosão", disse Mukhtar Abdullah Alawadhi, gerente de uma empresa a uma milha do local da explosão. "Foi tão forte que até mesmo a moldura das janelas caiu das paredes".
    O ataque aconteceu um dia após o representante dos houthi, Abdul-Malek al-Houthi, comprometer-se a prosseguir com sua campanha, apesar dos ataques da coalizão. Em um pronunciamento transmitido pela televisão, o rebelde afirmou que o "grande povo iemenita nunca se renderá" e acusou a Arábia Saudita de planejar uma "invasão". Uma coalizão formada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos tem bombardeado o Iêmen desde o último mês para impedir o avanço dos milicianos xiitas, que ampliaram seu domínio sobre a cidade de Aden, no sul do país, onde o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi tinha se refugiado, e de onde foi obrigado a fugir.
    Estados Unidos - A marinha dos Estados Unidos enviou um porta-aviões e um navio de mísseis guiados a águas próximas ao Iêmen para realizar operações de segurança marítima, informou um porta-voz do Pentágono nessa segunda-feira. Ele negou, no entanto, que os navios estavam em missão para interceptar carregamentos de armas iranianas. Um oficial americano afirmou que a presença dos navios dos EUA na região dá aos comandantes opções de ação e decisão caso a situação no país piore.

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