Capital do Iêmen sofre o maior ataque aéreo desde o início da campanha saudita
Os ataques a depósitos de armas provocaram grandes explosões e deixaram pelo menos 25 mortos e 350 feridos
Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita contra depósitos de armas provocaram grandes explosões na capital do Iêmen, Sanaa. O bombardeio deixou pelo menos 25 mortos e 350 feridos, afirmou um funcionário do Ministério da Saúde segundo o jornal Washington Post. As explosões desta segunda-feira foram as mais fortes na cidade desde que a campanha saudita contra os rebeldes xiitas houthi começou no mês passado.
Al Qaeda assume controle de aeroporto no leste do Iêmen
Ajuda humanitária chega ao Iêmen; combates continuam
Combates em Áden já deixaram 185 mortos e 1.285 feridos
A explosão provocada pelos ataques pode ser ouvida em toda a capital e quebrou janelas por toda a cidade. "De repente sentimos um terremoto tremer debaixo de nossos pés. Os vidros das janelas quebraram por toda parte por causa da explosão", disse Mukhtar Abdullah Alawadhi, gerente de uma empresa a uma milha do local da explosão. "Foi tão forte que até mesmo a moldura das janelas caiu das paredes".
O ataque aconteceu um dia após o representante dos houthi, Abdul-Malek al-Houthi, comprometer-se a prosseguir com sua campanha, apesar dos ataques da coalizão. Em um pronunciamento transmitido pela televisão, o rebelde afirmou que o "grande povo iemenita nunca se renderá" e acusou a Arábia Saudita de planejar uma "invasão". Uma coalizão formada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos tem bombardeado o Iêmen desde o último mês para impedir o avanço dos milicianos xiitas, que ampliaram seu domínio sobre a cidade de Aden, no sul do país, onde o presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi tinha se refugiado, e de onde foi obrigado a fugir.
Estados Unidos - A marinha dos Estados Unidos enviou um porta-aviões e um navio de mísseis guiados a águas próximas ao Iêmen para realizar operações de segurança marítima, informou um porta-voz do Pentágono nessa segunda-feira. Ele negou, no entanto, que os navios estavam em missão para interceptar carregamentos de armas iranianas. Um oficial americano afirmou que a presença dos navios dos EUA na região dá aos comandantes opções de ação e decisão caso a situação no país piore.
Comentários
Postar um comentário