Pular para o conteúdo principal
ue decisão

Presidente do PT se reúne com Lula em SP e depois divulga nota em defesa de tesoureiro


Atualizado às 22h



São Paulo - O PT saiu nesta quarta-feira, 15, em defesa do seu secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, classificando sua prisão por ordem do juiz federal Sérgio Moro como “desnecessária” e “injustificada”. Em nota divulgada no final da tarde, assinada pelo presidente nacional, Rui Falcão, o PT anunciou que “por ordens práticas e legais” Vaccari solicitou seu afastamento temporário da função que exercia no partido. O texto informa ainda que a defesa entrará com habeas corpus “para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível”.

Na nota, o PT diz que a detenção de Vaccari “é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado.” “Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário”, diz outro trecho.

O texto foi redigido após reunião no diretório nacional do PT, em São Paulo. Antes do encontro, Falcão se conversou por cerca de três horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Instituto Lula. O nome do substituto de Vaccari deve ser definido ainda nesta quinta-feira, 16.


O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, comparece ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito em Curitiba (PR),após ser preso
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, comparece ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito em Curitiba (PR),após ser preso


Dirigentes petistas afirmam um dos motivos pelo quais a substituição não foi feita antes é a dificuldade em encontrar alguém disposto a assumir o cargo. Outros seriam o receio de o afastamento soar como uma espécie de confissão de culpa.

‘Prisão política’. No Congresso, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, criticou a Operação Lava Jato. “Eu acho que é uma prisão política”, afirmou Machado ao deixar reunião de líderes governistas sobre o projeto de regulamentação da terceirização. “O Vaccari não fez nenhum tipo de arrecadação fora do que determina a legislação brasileira.” O petista foi além: “Estamos extremamente desconfiados de que existe uma orientação deliberada nessas delações premiadas para prejudicar o Partido dos Trabalhadores”.

O discurso de Machado não é compartilhado por toda legenda. A corrente interna petista Mensagem ao Partido, por exemplo, deve pedir nesta quinta o afastamento não só de Vaccari de suas funções mas de todos os citados na Operação Lava Jato – entre eles o senador Humberto Costa, líder do partido no Senado.

Vaccari é o segundo tesoureiro do PT que vai para a cadeia desde que o partido está no comando do País. O primeiro foi Delúbio Soares, condenado em 2012 por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento no esquema do mensalão. Atualmente, Delúbio cumpre pena em regime semiaberto em Brasília.

Surpresa. A prisão de Vaccari pegou o partido de surpresa num momento em que ensaiava uma reação diante da crise política que atinge o governo da presidente Dilma Rousseff.

A preocupação de dirigentes do partido, entretanto, gira em torno das acusações que pesam sobre a filha de Vaccari. A avaliação é que, por ora elas são insuficientes, mas uma eventual prisão dela pode fazer com que o tesoureiro abra a boca. s práticas e legais” Vaccari solicitou seu afastamento temporário da função que exercia no partido. O texto informa ainda que a defesa entrará com habeas corpus “para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível”.

Na nota, o PT diz que a detenção de Vaccari “é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado.” “Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário”, diz outro trecho.

O texto foi redigido após reunião no diretório nacional do PT, em São Paulo. Antes do encontro, Falcão se conversou por cerca de três horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Instituto Lula. O nome do substituto de Vaccari deve ser definido ainda nesta quinta-feira, 16.


O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, comparece ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito em Curitiba (PR),após ser preso
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, comparece ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito em Curitiba (PR),após ser preso


Dirigentes petistas afirmam um dos motivos pelo quais a substituição não foi feita antes é a dificuldade em encontrar alguém disposto a assumir o cargo. Outros seriam o receio de o afastamento soar como uma espécie de confissão de culpa.

‘Prisão política’. No Congresso, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, criticou a Operação Lava Jato. “Eu acho que é uma prisão política”, afirmou Machado ao deixar reunião de líderes governistas sobre o projeto de regulamentação da terceirização. “O Vaccari não fez nenhum tipo de arrecadação fora do que determina a legislação brasileira.” O petista foi além: “Estamos extremamente desconfiados de que existe uma orientação deliberada nessas delações premiadas para prejudicar o Partido dos Trabalhadores”.

O discurso de Machado não é compartilhado por toda legenda. A corrente interna petista Mensagem ao Partido, por exemplo, deve pedir nesta quinta o afastamento não só de Vaccari de suas funções mas de todos os citados na Operação Lava Jato – entre eles o senador Humberto Costa, líder do partido no Senado.

Vaccari é o segundo tesoureiro do PT que vai para a cadeia desde que o partido está no comando do País. O primeiro foi Delúbio Soares, condenado em 2012 por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento no esquema do mensalão. Atualmente, Delúbio cumpre pena em regime semiaberto em Brasília.

Surpresa. A prisão de Vaccari pegou o partido de surpresa num momento em que ensaiava uma reação diante da crise política que atinge o governo da presidente Dilma Rousseff.

A preocupação de dirigentes do partido, entretanto, gira em torno das acusações que pesam sobre a filha de Vaccari. A avaliação é que, por ora elas são insuficientes, mas uma eventual prisão dela pode fazer com que o tesoureiro abra a boca. 

Sigla afirma que decisão de juiz é ‘injustificada’

Valmar Hupsel Filho, Ricardo Galhardo e José Roberto Castro - O Estado de S. Paulo
15 Abril 2015 | 18h 06

Presidente do PT se reúne com Lula em SP e depois divulga nota em defesa de tesoureiro


Atualizado às 22h



São Paulo - O PT saiu nesta quarta-feira, 15, em defesa do seu secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, classificando sua prisão por ordem do juiz federal Sérgio Moro como “desnecessária” e “injustificada”. Em nota divulgada no final da tarde, assinada pelo presidente nacional, Rui Falcão, o PT anunciou que “por ordens práticas e legais” Vaccari solicitou seu afastamento temporário da função que exercia no partido. O texto informa ainda que a defesa entrará com habeas corpus “para que sua liberdade ocorra no prazo mais curto possível”.

Na nota, o PT diz que a detenção de Vaccari “é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado.” “Reafirmamos nossa confiança na inocência de João Vaccari Neto, não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário”, diz outro trecho.

O texto foi redigido após reunião no diretório nacional do PT, em São Paulo. Antes do encontro, Falcão se conversou por cerca de três horas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Instituto Lula. O nome do substituto de Vaccari deve ser definido ainda nesta quinta-feira, 16.


O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, comparece ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito em Curitiba (PR),após ser preso
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, comparece ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame de corpo delito em Curitiba (PR),após ser preso


Dirigentes petistas afirmam um dos motivos pelo quais a substituição não foi feita antes é a dificuldade em encontrar alguém disposto a assumir o cargo. Outros seriam o receio de o afastamento soar como uma espécie de confissão de culpa.

‘Prisão política’. No Congresso, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, criticou a Operação Lava Jato. “Eu acho que é uma prisão política”, afirmou Machado ao deixar reunião de líderes governistas sobre o projeto de regulamentação da terceirização. “O Vaccari não fez nenhum tipo de arrecadação fora do que determina a legislação brasileira.” O petista foi além: “Estamos extremamente desconfiados de que existe uma orientação deliberada nessas delações premiadas para prejudicar o Partido dos Trabalhadores”.

O discurso de Machado não é compartilhado por toda legenda. A corrente interna petista Mensagem ao Partido, por exemplo, deve pedir nesta quinta o afastamento não só de Vaccari de suas funções mas de todos os citados na Operação Lava Jato – entre eles o senador Humberto Costa, líder do partido no Senado.

Vaccari é o segundo tesoureiro do PT que vai para a cadeia desde que o partido está no comando do País. O primeiro foi Delúbio Soares, condenado em 2012 por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento no esquema do mensalão. Atualmente, Delúbio cumpre pena em regime semiaberto em Brasília.

Surpresa. A prisão de Vaccari pegou o partido de surpresa num momento em que ensaiava uma reação diante da crise política que atinge o governo da presidente Dilma Rousseff.

A preocupação de dirigentes do partido, entretanto, gira em torno das acusações que pesam sobre a filha de Vaccari. A avaliação é que, por ora elas são insuficientes, mas uma eventual prisão dela pode fazer com que o tesoureiro abra a boca.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo  — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados  enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular