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Terroristas do EI estupraram meninas de até 8 anos no Iraque

Novo relatório da organização de direitos humanos Human Rights Watch detalha o horror imposto pelos extremistas a integrantes da minoria yazidi

Menina yazidi
Menina iraquiana da comunidade Yazidi segura um pedaço de pão depois de cruzar a fronteira com a Síria no cruzamento Fishkhabur, no norte do Iraque - AFP)
Os terroristas do grupo Estado Islâmico (EI) estupraram meninas de até 8 anos de idade e as venderam numa espécie de "mercado negro", aponta um relatório divulgado pela ONG Human Rights Watch (HRW) nesta quarta-feira. Os estupros são apenas alguns dos horrores relatados à organização de defesa dos direitos humanos por vinte mulheres e crianças da minoria yazidi que conseguiram fugir dos extremistas no Iraque. Os testemunhos apresentam, segundo o jornal inglês Daily Telegraph, a visão "mais real" dos crimes cometidos contra mulheres pelo EI. Além de serem vendidas como escravas sexuais nos territórios dominados pelos terroristas, as vítimas confirmaram aos ativistas que muitas das reféns são entregues a outros jihadistas como "presentes".
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"Os homens vinham e nos selecionavam. Quando eles vinham, ordenavam que ficássemos de pé para examinar nossos corpos. Eles pediam para que mostrássemos nosso cabelo e, às vezes, batiam nas garotas que se negavam a fazê-lo", afirmou uma menina de 12 anos. De acordo com a garota, ela foi estuprada repetidas vezes e chegou a ser vendida para sete terroristas diferentes antes de conseguir escapar. Outra jovem de 20 anos classificou os jihadistas do EI de "animais". "Quando eles pegavam as garotas, eles as estupravam e as traziam de volta para trocar por novas meninas. As idades variavam entre 8 e 30 anos. Apenas vinte sobreviveram até o fim".
Entre as vinte mulheres e crianças entrevistadas pela HRW, metade disse ter sido estuprada. Todas confirmaram que foram forçadas a se casar ou acabaram vendidas a terroristas. Elas moram atualmente em um campo de refugiados localizado em domínios curdos e estão recebendo tratamento médico e psicológico adequado. O Daily Telegraph aponta que algumas das vítimas estão grávidas dos estupradores. "As mulheres e garotas da minoria yazidi que conseguiram fugir ainda enfrentam desafios enormes e um trauma contínuo proveniente desta experiência. Elas precisam de ajuda urgente e apoio para recuperar a saúde e seguir em frente com suas vidas", disse Liesl Gerntholtz, diretora para os direitos das mulheres na HRW.
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Os relatos colhidos pela HRW reforçam as denúncias feitas pela ONU em fevereiro. Na ocasião, o Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança havia apurado que além de vendê-las como escravas sexuais, o EI vinha crucificando e enterrando crianças vivas. A ONU estima que pelo menos 3.000 pessoas da minoria yazidi são mantidas reféns pelos radicais. Elas foram capturadas após as primeiras investidas dos jihadistas contra a província iraquiana de Sinjar, em agosto do ano passado. Os terroristas dominaram cidades habitadas por yazidis e subjugaram os integrantes da minoria étnica, a qual eles consideram uma "adoração ao demônio".

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