Terroristas do EI estupraram meninas de até 8 anos no Iraque
Novo relatório da organização de direitos humanos Human Rights Watch detalha o horror imposto pelos extremistas a integrantes da minoria yazidi
Os terroristas do grupo Estado Islâmico (EI) estupraram meninas de até 8 anos de idade e as venderam numa espécie de "mercado negro", aponta um relatório divulgado pela ONG Human Rights Watch (HRW) nesta quarta-feira. Os estupros são apenas alguns dos horrores relatados à organização de defesa dos direitos humanos por vinte mulheres e crianças da minoria yazidi que conseguiram fugir dos extremistas no Iraque. Os testemunhos apresentam, segundo o jornal inglês Daily Telegraph, a visão "mais real" dos crimes cometidos contra mulheres pelo EI. Além de serem vendidas como escravas sexuais nos territórios dominados pelos terroristas, as vítimas confirmaram aos ativistas que muitas das reféns são entregues a outros jihadistas como "presentes". Leia também: EI divulga novo vídeo ameaçando 'repetir 11 de setembro' Estado Islâmico ataca embaixada da Coreia do Sul na Líbia"Os homens vinham e nos selecionavam. Quando eles vinham, ordenavam que ficássemos de pé para examinar nossos corpos. Eles pediam para que mostrássemos nosso cabelo e, às vezes, batiam nas garotas que se negavam a fazê-lo", afirmou uma menina de 12 anos. De acordo com a garota, ela foi estuprada repetidas vezes e chegou a ser vendida para sete terroristas diferentes antes de conseguir escapar. Outra jovem de 20 anos classificou os jihadistas do EI de "animais". "Quando eles pegavam as garotas, eles as estupravam e as traziam de volta para trocar por novas meninas. As idades variavam entre 8 e 30 anos. Apenas vinte sobreviveram até o fim".
Entre as vinte mulheres e crianças entrevistadas pela HRW, metade disse ter sido estuprada. Todas confirmaram que foram forçadas a se casar ou acabaram vendidas a terroristas. Elas moram atualmente em um campo de refugiados localizado em domínios curdos e estão recebendo tratamento médico e psicológico adequado. O Daily Telegraph aponta que algumas das vítimas estão grávidas dos estupradores. "As mulheres e garotas da minoria yazidi que conseguiram fugir ainda enfrentam desafios enormes e um trauma contínuo proveniente desta experiência. Elas precisam de ajuda urgente e apoio para recuperar a saúde e seguir em frente com suas vidas", disse Liesl Gerntholtz, diretora para os direitos das mulheres na HRW. Leia mais: Turquia deporta nove britânicos que tentavam se juntar ao EI Mais de 5.000 europeus se uniram à jihad na Síria e no IraqueOs relatos colhidos pela HRW reforçam as denúncias feitas pela ONU em fevereiro. Na ocasião, o Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança havia apurado que além de vendê-las como escravas sexuais, o EI vinha crucificando e enterrando crianças vivas. A ONU estima que pelo menos 3.000 pessoas da minoria yazidi são mantidas reféns pelos radicais. Elas foram capturadas após as primeiras investidas dos jihadistas contra a província iraquiana de Sinjar, em agosto do ano passado. Os terroristas dominaram cidades habitadas por yazidis e subjugaram os integrantes da minoria étnica, a qual eles consideram uma "adoração ao demônio".
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Comentários
Postagens mais visitadas deste blog
Procurador do DF envia à PGR suspeitas sobre Jair Bolsonaro por improbidade e peculato Representação se baseia na suspeita de ex-assessora do presidente era 'funcionária fantasma'. Procuradora-geral da República vai analisar se pede abertura de inquérito para apurar. Por Mariana Oliveira, TV Globo — Brasília O presidente Jair Bolsonaro — Foto: Isac Nóbrega/PR O procurador da República do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou à Procuradoria Geral da República representações que apontam suspeita do crime de peculato (desvio de dinheiro público) e de improbidade administrativa em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). A representação se baseia na suspeita de que Nathália Queiroz, ex-assessora parlamentar de Bolsonaro entre 2007 e 2016, período em que o presidente era deputado federal, tinha registro de frequência integral no gabinete da Câmara dos Deputados enquanto trabalhava em horário comerci
Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO 1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com par
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estimular
Comentários
Postar um comentário