Mudança na MP do seguro-desemprego reduz em R$ 1 bi economia esperada pelo governo
O relator da medida provisória 664, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), apresentou relatório reduzindo o prazo de contribuição exigido para concessão de pensão por morte
A MP 664, que trata do auxílio doença e pensão por morte, e a MP 665, que modifica as regras de benefícios como o seguro-desemprego, o abono salarial e o bolsa pesca, fazem parte do ajuste fiscal proposto pelo governo para reequilibrar as contas públicas.
Na forma em que foram enviadas ao Congresso poderiam gerar uma economia de 18 bilhões de reais este ano. Com as modificações propostas até o momento pelos parlamentares, a economia esperada foi reduzida em cerca de 3 bilhões de reais.
Sem acordo, comissão adia votação da MP sobre regras do seguro-desemprego
Senador do PT apresenta relatório mais brando sobre mudanças em seguro-desemprego
No texto apresentado à comissão mista, que analisará a medida antes de enviá-la à Câmara, Zarattini alterou ainda tabela que determina o prazo de duração da pensão, levando em conta a idade do beneficiário.
O texto original do governo estabelecia um redutor que limitava a pensão a 50% do valor que o segurado recebia somado a 10% por cada dependente. O relator retirou esse dispositivo do texto, argumentando que a regra não poderia ser aplicada ao servidor público e portanto poderia ferir o princípio da isonomia.
Assim como Zarattini cedeu e fez concessões no relatório da MP 664, o relator da MP 665, senador Paulo Rocha (PT-PA), também cedeu em relação ao texto original da MP enviado pelo Executivo, em alterações com impacto estimado em 2 bilhões de reais.
(Com Reuters)
Comentários
Postar um comentário