Bolsa fecha em alta após forte oscilação provocada por Petrobras
Papéis da estatal fecharam em direções opostas: enquanto as ações preferenciais com direito a voto, caíram 1,52%, as ordinárias subiram mais de 5%
As ações da Petrobras ditaram os rumos da bolsa nesta quinta, apesar de oscilarem em direções opostas. Depois operar em forte queda durante a manhã, os papéis ordinários, com direito a voto, inverteram o movimento e fecharam em alta de 5,63%, a 14,06 reais, maior valor desde 4 de novembro de 2014. Já as ações preferenciais, sem direito a voto, chegaram a cair mais de 9% no início do pregão, mas reduziram as perdas e terminaram em baixa de 1,52%, a 12,92 reais.
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O prejuízo de 21,6 bilhões de reais em 2014 é o primeiro resultado negativo desde 1991, quando a estatal reportou perdas de 1,16 bilhão de reais, em dados ajustados pela consultoria Economática. Em 2013, a companhia havia obtido um lucro de 23,6 bilhões de reais.
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Analistas também destacaram negativamente dados relacionados ao endividamento e perspectivas quanto ao fluxo de caixa, embora tenham considerado que a divulgação dos resultados auditados traz um "alívio". "Apesar dos grandes desafios, a divulgação do balanço tirou um grande peso das costas da Petrobras e do próprio país, o que ajuda nos ativos de modo geral", disse o gestor Joaquim Kokudai, sócio na sócio na JPP Capital Gestão de Recursos.
No radar dos investidores, nesta manhã, esteve a teleconferência de apresentação dos resultados. Na ocasião, executivos da Petrobras afirmaram que a redução da alavancagem (relação entre endividamento e patrimônio) será prioridade no novo plano de negócios plurianual da companhia, a ser apresentado nas próximas semanas.
Por meio de relatórios enviados a clientes nesta quinta-feira, instituições bancárias relatavam o seu descontentamento com os resultados financeiros da estatal. "Tudo isso nos deixa com a impressão de que a Petrobras irá continuar a ser 'mais do mesmo': fará apenas o necessário para garantir liquidez e recursos para executar investimentos, mas sem nenhuma urgência para alcançar fluxo de caixa livre positivo ou retornos elevados", escreveram os analistas Andre Sobreira e Vinicius Canheu, do Credit Suisse.
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