Pular para o conteúdo principal

Hillary Clinton anuncia candidatura a presidente em vídeo na rede social


Hillary Clinton anuncia candidatura a presidente em vídeo no YouTube
Hillary Clinton anuncia candidatura a presidente em vídeo no YouTube
A candidatura mais previsível da campanha presidencial norte-americana de 2016 foi anunciada em circunstâncias que esvaziam a pompa da expectativa. A ex-Secretária de Estado, ex-senadora democrata e ex-primeira-dama Hillary Clinton põe fim a dois anos de suspense e se lança candidata a primeira mulher presidente dos Estados Unidos com um vídeo distribuído na rede social. O vídeo de 2 minutos e 18 segundos,  sob o título, Getting Starded (Começando) abre com depoimentos de americanos cujas vidas estão em fluxo e que buscam  um futuro melhor. Hillary Clinton só aparece no vídeo depois de um minuto e meio, dizendo: “Estou me preparando para fazer algo também. Estou me candidatando a presidente.”  Ela afirma que vai pegar a estrada para conquistar o voto. Uma Hillary Clinton com mensagem muito diferente da que se candidatou em 2007.

Durante a tarde, John Podesta, que deve chefiar a campanha de Clinton, enviou um email, afirmando: “É oficial. Hillary é candidata a presidente.”
Campanha presidencial anunciada pelo Twitter
Campanha presidencial anunciada pelo Twitter

Mesmo tendo alertado a mídia sobre o anúncio, Hillary Clinton manteve as principais redes de televisão norte-americanas em compasso de espera durante toda a manhã de domingo, um horário que é habitualmente dominado por programas políticos. Vários entrevistados convidados para comentar o anúncio se viram preenchendo o tempo no ar com especulações sobre a mulher mais famosa da história política americana desde Eleanor Roosevelt.
Hillary Clinton como Secretária de Estado, em foto que virou meme na Internet
Hillary Clinton como Secretária de Estado, em foto que virou meme na Internet
A principal missão de Clinton neste domingo não é fazer o anúncio e sim justificar uma candidatura, vista como inevitável e forte o suficiente para intimidar outras aspirações presidenciais do Partido Democrata. O poder da candidata de levantar fundos não tem paralelo no partido e especula-se que sua campanha poderá custar US$ 2 bilhões.
Se eleita, Hillary Clinton chegará à Casa Branca aos 69 anos, depois de mais de duas décadas de vida pública.  Só Ronald Reagan se elegeu mais velho. Ele tomou posse semanas antes de completar 70 anos e obteve um segundo mandato. Mas a idade da candidata dificilmente será explorada por adversários e sim o que vão tentar representar como o envelhecimento das ideias da mulher do ex-presidente Bill Clinton, ainda hoje o político mais popular dos Estados Unidos.
Primeira posse de Bill Clinton, em janeiro de 1993
Primeira posse de Bill Clinton, em janeiro de 1993
Mesmo antes do anúncio oficial, Hillary Clinton deixou claro, através de emissários, que a aura de inevitabilidade em torno de sua candidatura pode se tornar um obstáculo. Ela aprendeu uma dura lição em 2008, quando a mesma fama de política à espera de coroação foi destroçada pelo então calouro e menos bem financiado Senador Barack Obama. A decisão de divulgar a candidatura em vídeo, não dar entrevistas e viajar esta semana ao Estado de Iowa para pequenos encontros com eleitores é parte de uma estratégia cuidadosamente orquestrada para não alienar eleitores que podem se tornar apáticos numa temporada de primárias democratas dominada por uma só figura. Ao contrário de 2008, quando o fato de ser mulher foi intencionalmente afastado da mensagem da campanha, desta vez, Hillary Clinton vai se apresentar como mulher, mãe e avó. Podemos esperar referências constantes à sua primeira neta Charlotte, de cinco meses, filha de sua única filha Chelsea.
Os mais prováveis democratas dispostos a desafiar a poderosa candidatura da ex-Secretária de Estado são o ex-senador da Virgínia, James Webb, e o ex-governador de Maryland, Martin O’Malley, ambos políticos com pouca projeção nacional e à esquerda de Clinton. Mas outro desafio da esquerda deve partir da mais famosa não-candidata, a senadora Elizabeth Warren, em seu primeiro mandato como representante do Estado de Massachusetts. A professora de Direito da Universidade de Harvard é tratada como rock star por sua mensagem de populismo econômico ressonante para uma classe média que não desfruta dos benefícios esperados com a recuperação do crash de 2008. Warren idealizou o Bureau de Proteção Financeira ao Consumidor, uma agência inaugurada no governo Obama e é tratada como adversária por Wall Street. A expectativa é de que, sem poder fazer campanha contra o antecessor Barack Obama, Hillary Clinton vai sublinhar uma mensagem de combate à desigualdade econômica.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Atuação que não deixam dúvidas por que deveremos votar em Felix Mendonça para Deputado Federal. NÚMERO  1234 . Félix Mendonça Júnior Félix Mendonça: Governo Ciro terá como foco o desenvolvimento e combate às desigualdades sociais O deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) vê com otimismo a pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A tendência, segundo ele, é de crescimento do ex-governador do Ceará. “Ciro é o nome mais preparado e, com certeza, a melhor opção entre todos os pré- candidatos. Com a campanha nas Leia mais Movimentos apoiam reivindicação de vaga na chapa de Rui Costa para o PDT na Bahia Neste final de semana, o cenário político baiano ganhou novos contornos após a declaração do presidente estadual do PDT, deputado federal Félix Mendonça Júnior, que reivindicou uma vaga para o partido na chapada majoritária do governador Rui Costa (PT) na eleição de 2018. Apesar de o parlamentar não ter citado Leia mais Câmara aprova, com...
Estudo ‘sem desqualificar religião’ é melhor caminho para combate à intolerância Hédio Silva defende cultura afro no STF / Foto: Jade Coelho / Bahia Notícias Uma atuação preventiva e não repressiva, através da informação e educação, é a chave para o combate ao racismo e intolerância religiosa, que só em 2019 já contabiliza 13 registros na Bahia. Essa é a avaliação do advogado das Culturas Afro-Brasileiras no Supremo Tribunal Federal (STF), Hédio Silva, e da promotora de Justiça e coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhdis) do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Lívia Vaz. Para Hédio o ódio religioso tem início com a desinformação e passa por um itinerário até chegar a violência, e o poder público tem muitas maneiras de contribuir no combate à intolerância religiosa. "Estímulos [para a violência] são criados socialmente. Da mesma forma que você cria esses estímulos você pode estim...
Lula se frustra com mobilização em seu apoio após os primeiros dias na cadeia O ex-presidente acreditou que faria do local de sua prisão um espaço de resistência política Compartilhar Assine já! SEM JOGO DUPLO Um Lula 3 teria problemas com a direita e com a esquerda (Foto: Nelson Almeida/Afp) O ex-presidente  Lula  pode não estar deprimido, mas está frustrado. Em vários momentos, antes da prisão, ele disse a interlocutores que faria de seu confinamento um espaço de resistência política. Imaginou romarias de políticos nacionais e internacionais, ex-presidentes e ex-primeiros-ministros, representantes de entidades de Direitos Humanos e representantes de movimentos sociais. Agora, sua esperança é ser transferido para São Paulo, onde estão a maioria de seus filhos e as sedes de entidades como a CUT e o MTST.