Itália pede combate aos 'comerciantes de escravos' do Mediterrâneo
Nesta quinta, os chefes de Estado da União Europeia terão uma reunião para debater novas medidas para lutar contra o tráfico de pessoas no Mar Mediterrâneo
Em um discurso na Câmara dos Deputados, após um minuto de silêncio em memória das 800 vítimas do naufrágio de domingo passado, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que o que acontece hoje com o tráfico de pessoas recorda a época em que se enviava milhares de escravos da África para a América. "Não é apenas uma questão de segurança e de terrorismo, e sim de dignidade humana", declarou.
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A ministra da Defesa, Roberta Pinotti, afirmou que a Itália está "disposta a ficar à frente de uma missão internacional", se esta for aprovada pela ONU e a UE. Renzi pediu um reforço das operações de vigilância marítima Triton e Poseidon, mas alertou contra as soluções simplistas. As causas da emigração devem ser combatidas "da raiz", disse o primeiro-ministro italiano.
Na segunda-feira, um dia após um barco naufragar no Mediterrâneo com cerca de 800 pessoas a bordo, a UE anunciou um pacote de medidas emergenciais para tentar aliviar a crise. Entre as medidas, a agência europeia que cuida da vigilância das fronteiras, Frontex, será reforçada e terá poder militar para combater barcos de contrabandistas de humanos.
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